Luanda - A Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou, esta quarta-feira, o Plano Nacional de Fomento do Turismo (PLANATUR), que tem por objectivo assegurar o investimento directo em grande escala para facilitar o acesso de turistas para Angola e a sua mobilidade internamente.
Segundo o Comunicado de Imprensa da Oitava Sessão Ordinária da Comissão Económica, órgão de consulta do Presidente da República, o Plano de fomento visa desenvolver infra-estruturas de serviços públicos necessárias ao turismo.
O plano vai assegurar a formação e capacitação de quadros para a prestação de serviços e aperfeiçoar o quadro legal e regulamentar, visando o fomento do turismo no país, lê-se na nota de imprensa da reunião, orientada pelo Titular do Poder Executivo, João Lourenço.
No final da sessão, o ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, disse à imprensa que o plano está avaliado em mais de 276 mil milhões de kwanzas, repartidos em projectos do Programa de Investimentos Públicos (PIP), despesas de apoio ao turismo e crédito público.
Adiantou que contempla acções multissectoriais, que inclui infra-estruturas (água, energia, saneamento, segurança, comunicações, estradas secundárias e terciárias, saúde, central de compras e formação de pessoas).
Para o governante, o turismo é o petróleo que nunca acaba, porque promove a empregabilidade e receitas para o país.
Declarou que se procura repensar a marca do turismo em Angola que só começou com paz e a estabilidade política, porque no tempo colonial era necessário uma carta de chamada para entrar no país e a seguir a proclamação da Independência Nacional despoletou a guerra.
Filipe Zau falou da necessidade de contínua melhoria do ambiente do negócio, indicar as províncias iniciais e explorar os pólos turísticos como os de Calandula, Cabo Ledo, do Okavango e do Namibe.
Referiu ser essencial também a melhoria dos locais de visitas, como os museus, bem como a relação com o património cultural, como o de Mbanza Congo.
Disse ainda ser igualmente necessário contribuir para o desenvolvimento das rotas turísticas.
“Temos de pensar de forma sistémica nos vários componentes que concorrem para que o turismo se constitua naturalmente na diversidade cultural”, disse.
Falou ainda da necessidade de carteiras profissionais para os operadores turísticos, tal como a aprovação da lei do Mecenato, para que o sector privado se interesse.
Entre as realizações, o ministro apontou a criação dos centros culturais do Huambo e de Luanda, o Palácio da Música e do Teatro e a Casa do Artista, para apoio social à classe.
Também neste domínio, promete a recuperação de casas de espectáculos de interesse patrimonial público e passar a gestão privada para a promoção do cultura e do turismo, bem como instalar equipamentos no Miradouro da Lua para atrair turistas.
O ministro sugeriu a promoção do turismo interno para que os cidadãos conheçam mais e melhor o país.
Anunciou para o dia 17 de Janeiro, do próximo ano, o primeiro fórum do Okavango, que abrange parte do Moxico, Huambo, Bié e Cuando Cubango, onde se pretende levar turistas para desenvolver o ecoturismo.
De igual modo, confirmou ainda que o país vai receber os oito mil elefantes provenientes do Botswana. JFS/SC/ADR