Lubango - O antigo director do Gabinete Estudos Planeamento e Estatística (GEPE) do governo da Huíla, de 2012 a 2018, António Ngongo, começou a ser julgado hoje, terça-feira, na cidade do Lubango.
Trata-se de um caso que remonta a 2019, ano em que chegou a ser detido, em Abril, e ficou em prisão preventiva na comarca do Lubango por mais de um ano, suspeito de peculato e associação criminosa, por suposto descaminho de 480 milhões de kwanzas do erário.
O processo ao qual estão arrolados empresários e outros antigos dirigentes, como declarantes, arguidos e testemunhas, tinha o julgamento marcado para Maio de 2021, mas por ausência sua e de seus advogados ficou adiado.
Na altura, o então juiz da causa, Geraldo Ukuma, solicitou, mediante ofício, ao tribunal de comarca de Luanda, cidade para onde o arguido se mudara, para averiguar a suposta situação de saúde menos boa em que alegadamente se encontrava.
Trata-se do sétimo gestor do consulado de João Marcelino Tyipinge que responde na justiça. Os outros, são o antigo directores da educação, Américo Chicote, o das Finanças, Sousa Dala, do gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa, Jaime Lombe, o então secretário-geral António Ndaindondyo (já falecido) e a ex-administradora de Chicomba, Lúcia Francisca, todos já cumpriram pena de prisão. Este ano foi julhada e condenada, com pena suspensa, a antiga administradora da Humpata, Paula Nassone.
O próprio Marcelino Tyipinge, tem, igualmente, um processo-crime em curso no Tribunal Supremo, dado que à altura dos factos gozava de foro especial, por exercer o cargo de governador. MS