Cuanza Norte - As obras de construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo-Cabaça, no Cuanza Norte, estão a ser asseguradas por 81 por cento de mão-de-obra angolana, num total de dois mil e 47 trabalhadores.
A empreitada com uma execução física na ordem de 10,52 por cento, movimenta, no total dois mil 527 trabalhadores, entre nacionais e estrangeiros.
Os angolanos, na sua maioria jovens, manifestam orgulho em fazer parte da empreitada, muitos deles com experiência adquirida na construção dos aproveitamentos hidroeléctricos de Capanda, Laúca (Malanje), e Cambambe (Cuanza Norte).
Osvaldo António Contreiras é técnico na área de protecção ambiental e está no projecto há nove meses. Traz experiências adquiridas na construção da barragem hidroeléctrica de Cambambe.
No dia-a-dia, acompanha as obras de construção e tem responsabilidade na prevenção de impactos ambientais decorrentes da edificação da barragem.
"Já trabalhamos em outras barragens, como em Cabambe. É com muito orgulho que estamos a contribuir para o engrandecimento de Angola", referiu.
Outro angolano que falou à ANGOP foi João Miguel, que trabalha na edificação da barragem de Caculo-Cabaça há um ano, como auxiliar de pedreiro. O profissional participou nas obras das barragens de Cambambe e Laúca.
No Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo-Cabaça, João Miguel ajudou na execução do desvio provisório do Rio Kwanza, uma fase que vai permitir o início da construção do "paredão" da barragem e a perfuração dos túneis.
Nos túneis serão colocados quatro turbinas (casa de forca), com 534 megawatts cada uma, perfazendo 2 172 megawttsde energia.
João Miguel também participou na primeira fase da construção da vila do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo-Cabaça, que integra uma área administrativa e residências onde estão acomodados quadros nacionais e estrangeiros, além de outras áreas sociais.
Há pouco mais de 15 dias na obra está Vunda Castelo, de igual modo, ajudante de pedreiro, com passagens no Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, onde obteve a formação.
“Estamos a aprender muito com a experiência estrangeira, apesar da dificuldade de interpretação da língua dos chineses", notou.
Entre engenheiros e ajudantes de pedreiro, vários profissionais dão o seu melhor para elevar a matriz energética de Angola, actualmente acima dos 5 954,19 megawatts.
Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo-Cabaça poderá gerar energia comercial a partir de Outubro de 2026, período em que entra em operação a primeira das quatro turbinas da Central.
No Corredor do Médio Kwanza estão em funcionamento os aproveitamentos hidroeléctricos de Capanda, Laúca e Cambambe. NE/AL