Ondjiva - O sociólogo Miguel Dianduala exortou esta quarta-feira, em Ondjiva (Cunene), os angolanos a observar o espírito de paz e tolerância junto aos adversários, visando a criação de uma sociedade mais harmoniosa.
Em declaração à ANGOP, a propósito do Dia Internacional da Tolerância, assinalado a 16 de Novembro, falou da necessidade de "cultivar a tolerância e a reconciliação nacional", porque acredita que a paz faz-se com a participação de todos.
O sociólogo argumentou que, cada cidadão, sobretudo os jovens, devem saber usar a liberdade de pensamento com idéias positivas que possam edificar a vida do próximo e viver em harmonia na diferença.
Miguel Dianduala disse ser importante compreender a tolerância, como acto de respeito e aceitação da diferença ou o contraditório, "pois é impossível que numa sociedade todas as pessoas tenham os mesmos pensamentos, dentro de uma sociedade heterogénea".
“Quem tolera não discrimina, nem exclui o outro por não alinhar o mesmo pensamento ou ideia, mas sim procurar inclui-lo, apesar das diferenças sociais, políticas, religiosas, cultura ou ideologia”, sustentou.
Disse que os actos de intolerância são bastante visíveis, sobretudo nas redes sociais, em função das dinâmicas da globalização, onde muitos cidadãos optam por rotular, estigmatizar e discriminar os outros.
Entretanto, disse ainda que apesar de algumas intolerâncias verificadas em relação ao posicionamento de algumas situações de carácter partidárias, é notável a liberdade de pensamento no país.
A data foi instituída pela Resolução 51/95 da UNESCO, em reconhecimento a Declaração de Paris, assinada a 12 de Novembro de 1995, tendo os 185 Estados como signatários.
Na Declaração da ONU, os Estados reafirmam a fé nos Direitos Humanos Fundamentais, na dignidade e valor da pessoa humana, poupar as sucessivas gerações de guerras por questões culturais, rumo a uma convivência pacifica.FI/LHE/SC