Dubai (Do enviado especial) - Angola vai ter, até 2027, uma capacidade de produção energética na ordem dos nove gigawatts, assegurou, esta quinta-feira, no Dubai, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
Em declarações à imprensa, na COP 28, o ministro afirmou que esta capacidade vai garantir maior segurança energética, maior diversificação e resiliência face às alterações climáticas.
Sustentou que esse número tem como base a Estratégia Nacional de Combate às Alterações Climáticas, que passa pela atração de políticas para promover a transição energética.
Para o efeito, apontou programas para trazer mais fontes renováveis, bem como a energia hídrica, caso as barragens em construção de Caculo- Cabaça e em funcionamento a de Laúca.
Segundo João Baptista Borges, fazem ainda parte do pacote a construção de parques solares, sendo Biópio e Baía Farta, dois exemplos, e em fase de arranque mais dois, um em Catete e outro em Malanje.
Citou ainda as 120 electrificações a serem feitas na regiões leste e sul do país, bem como mini-redes para os municípios mais distantes que também vão ter energia solar.
Para o ministro, Angola neste momento tem uma capacidade de produção de seis gigawatts que ainda não servem para acudir a procura que o mercado vai exercer nos próximos anos.
No outro domínio, salientou a mitigação dos efeitos das alterações climáticas, concretamente a seca e longas estiagens na parte sul do país como motivo a ser combatido e superado.
"Para além do Canal do Cafu já estar a exercer o seu papel temos três grandes obras em curso, como as barragens Luiz e Calucupe na margem esquerda e a da Cova do Leão na margem direita“, asseverou.
Informou que esses empreendimentos vão permitir manter reservas hídricas para colmatar as necessidades de abastecimento de água a população e do gado face a períodos de estiagem e seca.
Considerou de relevante as apostas do país, pois hoje já exerce não só no combate às alterações climáticas, como na transição energética e na redução das emissões de dióxido de carbono.
A Conferência das Partes (COP) 28 foi aberta oficialmente, esta quinta-feira, no Dubai, Emirados Árabes Unidos, com a obrigação de fazer o balanço global da situação para mitigação das alterações climáticas.
Na cerimónia, aberta pelo Presidente da COP 28, Al Jaber, Angola esteve representada pelos ministros do Ambiente, Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Energia e Águas e o embaixador de Angola no EAU, respectivamente, Ana Paula de Carvalho, Diamantino Azevedo, Baptista Borges e Júlio Maiato. VIC/VC