Brazzaville (Do enviado Especial) – Angola congratula-se com a proposta do Presidente da República do Congo, Denis Sassou N’Guesso, de criação de uma instituição das Nações Unidas dedicada às questões florestais, afirmou hoje, sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Teté António.
O governante intervinha na primeira conferência internacional sobre florestamento e reflorestamento, que decorreu, de 2 a 5 de Julho corrente mês, na capital congolesa, Brazzaville.
Teté António disse que o país saúda, igualmente, a iniciativa do Presidente do Congo para a adopção, pela Assembleia Geral da ONU, de uma resolução que apoie oficialmente a Década Africana e Global da Florestação e Reflorestação.
Segundo o governante, Angola aconselha que todos os países representados na conferência de Brazzaville mobilizem os seus respectivos grupos regionais na ONU, para a defesa das propostas do evento.
O país recomenda ainda a adopção de uma decisão sobre a matéria, na próxima Cimeira da União Africana, a ter lugar em Accra, no Ghana, a 21 deste mês.
Na sua intervenção, em representação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, o ministro encorajou todas as comunidades económicas regionais africanas a fazer eco das conclusões da reunião de Brazzaville.
O ministro ressaltou que Angola se compromete a trabalhar com todos os Estados membros, para a implementação das decisões da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo sobre o Florestamento e Reflorestamento, incluindo durante a sua Presidência da União Africana, em 2025.
"É mais do que evidente que hoje, nenhum país, nenhum continente, consegue por si próprio resolver os desafios ligados à problemática das alterações climáticas", focalizou.
Neste espírito, expressou que a República de Angola organizou uma Cimeira Extraordinária da SADC sobre o fenómeno Del Niño, portanto "há uma necessidade de uma conversação global para identificarmos os mecanismos funcionais que podem levar-nos a reverter o quadro actual que o mundo está a viver".
A primeira conferência internacional é uma iniciativa africana que visa definir estratégias e políticas para promover a recuperação das florestas degradadas, a preservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas.
O evento agregou especialistas e ambientalistas de vários países, que abordaram, entre outros, temas como técnicas de plantio, financiamento de projectos de reflorestamento e envolvimento das comunidades locais na preservação ambiental.
A delegação angolana foi chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António. AC/OHA