Luanda - Angola reiterou, esta terça-feira, em Nova Iorque, Estados Unidos da América (EUA), o compromisso com a abolição das armas nucleares, através do envolvimento do país em fóruns regionais e internacionais, bem como mediante a plena implementação do Tratado de Pelindaba.
De acordo uma nota de imprensa da Missão Permanente de Angola junto das Nações Unidas, chegada à ANGOP, o posicionamento foi expresso durante uma reunião plenária de alto nível que visou a comemoração e promoção do Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, no âmbito dos trabalhos da 78ª Sessão da Assembleia-Geral da ONU.
Na sua intervenção, a representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, em Viena, Áustria, embaixadora Isabel Godinho referiu que o compromisso do país se consubstancia no facto do mundo "carregar cicatrizes suficientes resultantes da utilização de armas nucleares".
Neste sentido, realçou ser imperativo educar e sensibilizar os jovens, para criar um ambiente de paz, desprovido de armas nucleares, pois tais engenhos não podem ser considerados legítimos por qualquer Estado.
“Devemos evitar a guerra nuclear e a proliferação deste tipo de armas, a fim de inverter a nossa trajectória em direcção às alterações climáticas, sem esquecer que as despesas com estas armas desviam recursos substanciais de muitas outras áreas de necessidade humana e ambiental”, frisou.
Destacou ainda os esforços do país para a promoção da paz e manutenção da segurança global, sublinhado ser uma responsabilidade extensiva aos países que possuem armas nucleares.
Lembrou que foi com este espírito que Angola assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, em 2018, ilustrando um claro compromisso em contribuir para a erradicação das armas nucleares, bem como para a paz e segurança internacionais.
Sublinhou que o país tem trabalhado diligentemente para aderir ao Centro Nacional de Dados da Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO), por entender a necessidade de um maior engajamento, tanto individual como colectivo, para concretizar a aspiração de um mundo livre de armas nucleares tão urgentemente quanto possível.
A Assembleia-Geral declarou o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares em Dezembro de 2013, através da resolução 68/32, na sequência da reunião de alto nível da Assembleia Geral sobre o desarmamento nuclear, realizada a 26 de Setembro do mesmo ano, em Nova Iorque.
Com a comemoração do Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, terminam as reuniões de alto nível convocadas em paralelo ao Debate Geral da 78ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, cujo termo aconteceu terça-feira. VIC