Luanda - O ministro das Relações Exteriores, Téte António, reafirmou, esta quarta-feira, em Nova Iorque (EUA), a necessidade do levantamento do embargo de armas contra a República Centro-Africana (RCA), face aos progressos alcançados no país.
De acordo com uma nota de imprensa da Missão Permanente de Angola junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, Téte António, que discursava no Debate Aberto Ministerial do Conselho de Segurança da ONU, disse acreditar que a avaliação e determinação da manutenção do embargo, face aos progressos positivos alcançados no terreno pelo Governo da RCA, cabe ao CS.
Lembrou a posição manifestada pelo Presidente João Lourenço na reunião do Conselho de Segurança da ONU do 23 de Junho de 2021, em que defendeu o fim do embargo de armas à República Centro-Africana, enfatizando que o pedido de Angola continua válido.
A nota de imprensa enviada à ANGOP refere o ministro Téte António reafirmou o empemho do Governo angolano numa abordagem regional para a implementação eficaz do seu plano estratégico, ancorado no Pacto pela Paz, Estabilidade e Desenvolvimento na Região dos Grandes Lagos.
Disse que o Executivo angolano acredita na implementação do acordo como condição “sine qua non” para resolver as causas profundas dos conflitos e obstáculos que continuam a impedir o desenvolvimento socio-económico e a integração regional.
“O Governo angolano saúda os progressos notáveis na Região dos Grandes Lagos nos últimos anos, ocasionados pelas tranferências pacíficas de poder no partido Democrata da República do Congo, incluindo a assinatura e implementação de acordos de paz na RCA, Sudão do Sul e Sudão”, salientou.
Entretanto, o ministro das Relações Exteriores apontou alguns desafios que precisam de ser ultrapassados, tais como a exploração ilícita de recursos naturais, relações tensas entre refugiados e deslocados internos, violações dos direitos humanos, questões humanitárias e a crescente ameaça terrorista na sub-região.
Téte António concluiu a sua intervenção reiterando que Angola continuará os seus esforços para consolidar a paz, prevenção e resolução de conflictos, trabalhando em estreita cooperação com todas as partes interessadas para promover uma região compartilhada na abordagem dos desafios complexos para a segurança e desenvolvimento.