Doha (Dos enviados especiais) - A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, afirmou nesta quarta-feira, em Doha, que a presença de Angola, ao mais alto nível, na Conferência de Países Menos Avançados mostra o seu compromisso no alcance dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável na transição a País de Rendimento Médio.
Esperança da Costa reafirmou o compromisso das autoridades em trabalhar para o alcance de uma graduação, nos próximos tempos, atingindo todos os critérios constantes do Plano de Acção de Doha para uma transição segura.
A vice-Presidente da República está na capital do Qatar, a participar nos trabalhos da Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Avançados, que decorre entre 5 e 9 de Março, em representação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço.
Segundo disse, com a participação no evento, Angola vê uma oportunidade de poder partilhar experiências com os outros países sobre os avançados, sobretudo aqueles que, no âmbito do plano de acção de Istambul, já fizeram este caminho e já graduaram, nomeadamente dificuldades e os principais obstáculos encontrados.
Angola está a trabalhar com todos os países no Plano de Acção de Doha que faz o percurso para o alcance dos ODS), para todos os países, mas sobretudo para que cada Estado soberano possa encontrar o seu próprio caminho, no âmbito do seu próprio desenvolvimento para uma transição suave, uma graduação segura e sustentável, declarou.
Portanto, prosseguiu, Angola precisa de parcerias, e esta é uma grande oportunidade de parcerias, tanto no âmbito regional, como de parceiros que são organizações financeiras de apoio ao desenvolvimento.
A seu ver, a conferência tem lugar numa altura em que os países estão a recuperar das várias crises multilaterais interligadas, como as pandemias, os conflitos geo-politicos, sendo neste quadro que, com a acentuação dos desastres naturais das alterações climáticas, necessário encontrar uma plataforma comum.
Esperança da Costa considerou importante discutir, ver e identificar, por parte das organizações internacionais , entre os países desenvolvidos, como os outros países pertencentes aos grupo de Países Menos Avançados podem, de facto, fazer face a todos os obstáculos que limitam vencer os condicionalismos estruturais.
Esperança da Costa adiantou que na sexta-feira será aprovada o Plano de Acção de Doha no qual o país também contribuiu, acrescentando que, “a partir daí, Angola tem de fazer incluir as acções constantes do mesmo naquele que é o seu Plano Nacional de Desenvolvimento, nos seus objectivos nacionais, para poder identificar o melhor caminho para a melhor transição e com sustentabilidade para poder graduar”.
Agenda paralela
Relativamente à agenda à margem da Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Avançados, Esperança da Costa sublinhou que a Unesco garantiu apoio para a melhoria da qualidade do ensino, assim como mais apoio em tecnologias para a educação, o que possibilitará alavancar o sector, “sem dúvidas, chave para o desenvolvimento”.
Destacou, igualmente, o encontro com a Secretária-Geral da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), no qual se falou do projecto que Angola possui, denominado “Train For Trade”, considerado por aquele organismo “projecto de sucesso, que visa, principalmente capacitar quadros nacionais para intervenção na logística, transportes, ambiente, entre outras áreas.
A vice-presidente, a responsável da Untad confirmou o apoio para o alargamento do prazo do projecto, que terminaria em Julho, mas que o Governo angolano está a considerar e a solicitar a extensão do mesmo para um tempo que Angola achar necessário.
ADR/AL