Luanda – O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, reafirmou esta sexta-feira, em Luanda, o empenho de Angola na procura de soluções pacíficas para os conflitos na região dos Grandes Lagos, como o da República Centro-Africana (RCA).
Eugénio Laborinho discursou na XIX Sessão Ordinária dos Chefes de Estados e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), que decorreu por vídeo-conferência, em representação do Presidente da República, João Lourenço.
Na ocasião, frisou que o país elaborou um roteiro para a pacificação na RCA, que foi apresentado aos Chefes de Estado da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes (CIRGL), em Junho último.
Disse que Angola levou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) a problemática do embargo de armas à RCA, questão que tem merecido o apoio de muitos Estados.
Neste contexto, reafirmou o engajamento das autoridades nacionais na busca da estabilidade naquele país, bem como o combate às acções de grupos terroristas no Tchad, na República Democrática do Congo e nos Camarões.
Por sua vez, o Secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades do ministério das Relações Exteriores, Domingos Vieira Lopes, avançou que o encontro serviu para que os Chefes de Estado e de Governo fizessem uma abordagem dos vários aspectos que preocupam a CEEAC, como a situação política e de segurança e aspectos económicos dos respectivos países.
Domingos Vieira Lopes esclareceu que o evento serviu igualmente para a resolução da questão relacionada com o défice das contribuições dos países membros, em relação a qual houve um comprometimento, sem revelar detalhes.
Fundada a 18 de Outubro de 1983, em Libreville (Gabão), a CEEAC é composta por 11 Estados membros, nomeadamente Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Congo, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Rwanda, São Tomé e Príncipe, Tchad e Gabão, este último que alberga a sede da organização.