Luanda - O secretário de Estado para os Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Domingos Tchikanha, afirmou, esta quarta-feira, em Luanda, que o Governo angolano continua empenhado em demonstrar o seu compromisso com a paz e estabilidade em África e no mundo.
O governante falava na abertura da reunião do Comité de Chefes do Estado-Maior General das Forças Armadas dos países membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
Ressaltou ser a paz, a reconciliação nacional e a estabilidade o bem maior para que se possa desenvolver, em segurança, projectos pessoais, institucionais e estaduais.
Domingos Tchikanha, que falava em representação do titular da pasta da Defesa Nacional, referiu que a motivação e empenho em prol da paz e estabilidade, em particular nas organizações em que o país é parte integrante, resultam do conhecimento e da experiência acumulada dos efeitos nefastos da guerra.
Evocou o facto de Angola ter albergado, com o propósito da paz e estabilidade, a 27 de Junho último, a Cimeira Quadripartida dos Chefes de Estado e de Governos da SADC, CEEAC, CAO e CIRGL, sob direcção da União Africana (UA) e participação das Nações Unidas.
O secretário de Estado augurou que o encontro permita a troca de informação e reflexão sobre aspectos necessários à segurança e estabilidade da região e não só.
Já o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA) e presidente do referido comité, Altino dos Santos, que deu as boas vindas aos participantes, sublinhou a importância do fórum e reiterou o papel da CIRGL na resolução de conflitos e na promoção da paz.
Referiu ser este organismo um pilar importante para a construção da estabilidade e do desenvolvimento dos países membros, tendo reiterado a necessidade da conjugação de esforços no sentido de o mesmo se manter forte e eficaz, servindo de base para um sistema de segurança mais equilibrado, justo e inclusivo.
Acrescentou que a CIRGL seja, ainda, capaz de fortalecer as relações de cooperação e de confiança entre os povos dos respectivos Estados.
“As chefias militares dos nossos países têm a responsabilidade de trabalhar em conjunto para contribuir na garantia da tão almejada paz, estabilidade e segurança em toda a região”, disse ao dirigir-se a representantes dos Estados membros da organização, entre oficiais generais, almirantes e peritos de defesa.
O acto de abertura ficou ainda marcado com a intervenção do secretário-executivo da CIRGL, João Caholo, que, entre outros, endereçou mensagem de agradecimento ao Governo angolano por ter acolhido este encontro preparatório à Reunião dos ministros da Defesa dos países membros da CIRGL, a realizar-se na próximo sexta-feira (07).
No seu entender, o fórum permitirá reflectir sobre os debates que visam a formulação de estratégias para responder adequadamente os desafios enfrentados pela CIRGL, na medida em que se preparam “caminhos” para a colaboração e harmonização adequada das iniciativas de paz na Região dos Grandes Lagos.
Disse ser necessário reflectir-se sobre a prontidão da CIRGL para implementar as directivas dos Chefes de Estado e de Governo de forma acelerada e eficaz, visto que a organização precisa de um mecanismo para colaboração com os seus parceiros, nomeadamente a Comunidade da África Oriental (CAO), da SADC e da Comunidade de Estados da África Central (CEEAC), sob coordenação da União Africana e da ONU.
Segundo o secretário-executivo da CIRGL, tal colaboração vai permitir a partilha de informações sobre os movimentos e operações das forças armadas deste organismo com as organizações terroristas no continente.
Reunidos, à porta fechada, num dos estabelecimentos hoteleiros de Luanda, chefes do Estado-Maior General dos países que compõem a CIRGL analisam, até quinta-feira, aspectos relacionados à paz e segurança da região, em preparação ao encontro dos Ministros da Defesa.
Angola preside a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), constituída pelo República Centro Africana (RCA), República Democrática do Congo (RDC), Burundi, República do Congo, Quénia, Rwanda, Sudão do Sul, Tanzânia, Uganda e Zâmbia. VC/AL