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Angola reafirma apoio aos direitos do povo saharaui 

     Política              
  • Luanda • Sábado, 05 Outubro de 2024 | 11h29
Representante de Angola na ONU, Francisco da Cruz
Representante de Angola na ONU, Francisco da Cruz
DR

Luanda - Angola reafirmou esta sexta-feira, na sede da Organização das Nações Unidas(ONU), em Nova Iorque, o seu apoio aos direitos inalienáveis ​​do povo saharaui à autodeterminação, independência e soberania sobre o território e recursos naturais.

A posição do país foi defendida pelo representante permanente da Missão de  Angola junto da ONU, Francisco da Cruz , durante a 2ª Reunião Plenária do Comité de Política Especial  e Descolonização.

Segundo o diplomata, "todos os povos têm o direito de determinar livremente, sem interferência externa, o seu estatuto político e de prosseguir o seu desenvolvimento económico, social e cultural, e cada Estado tem o dever de  respeitar este direito de acordo com as disposições da Carta”.

Manisfestou o apoio de Angola aos esforços do Secretário-Geral e do seu enviado especial Staffan de Mistura nos  esforços diplomáticos com vista a  avançar o processo político e implementar as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU e da Assembleia Geral e decisões relevantes da União Africana, como a única colónia do continente africano .

Neste contexto, apelou a todas as partes interessadas para que retomem as negociações sob os auspícios da ONU e da União Africana, sem mais atrasos ou condições prévias, demonstrando vontade política renovada, maior empenho e boa fé para alcançar uma solução política justa, duradoura e mutuamente aceitável que conduza à autodeterminação do povo do Saara Ocidental. 
 
Francisco da  Cruz observou que as  pessoas nos Territórios Não Autónomos estão a ser deixadas para trás na concretização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e doravante do Pacto para o Futuro. 

“Precisamos de prestar mais atenção a estes territórios, uma vez que enfrentam graves desafios económicos, sociais e de alterações climáticas e são impedidos de implementar livremente políticas locais e internacionais para o desenvolvimento”, salientou.

Referiu ainda que a Declaração de Concessão da Independência aos Países e Povos Coloniais exige uma acção imediata para a sua plena e incondicional implementação, e aproveitou para apelar aos poderes administrativos para que adoptem as medidas necessárias para alcançar a rápida descolonização dos Territórios Não Autónomos.

Encorajou o trabalho que tem sido realizado pelo Comité Especial de Descolonização para continuar a coordenação com os Estados-Membros e os Territórios Não Autónomos para fazer avançar a agenda da descolonização.

Por outro lado, o Chefe da Missão de Angola na ONU  saudou o recente acordo histórico alcançado entre as Maurícias e o Reino Unido, que reconhece a soberania das Maurícias sobre os Arquipélagos de Chagos, incluindo Diego Garcia.

Elogiou os dois países por demonstrarem o seu inabalável empenho em procurar e concluir uma solução política duradoura baseada no Estado de direito e na justiça, na sequência do Parecer Consultivo do Tribunal Internacional de Justiça.

Quanto  à questão das Ilhas Malvinas,  Francisco da Cruz reiterou  o apelo à Argentina e ao Reino Unido para que retomem as negociações bilaterais de acordo com os princípios e os objectivos da Carta das ONU e das resoluções relevantes da Assembleia geral  para alcançar, o mais rapidamente possível, um acordo pacífico e solução duradoura em matéria de soberania sobre aquele país.

No final da sua intervenção, saudou a aprovação da resolução da Assembleia Geral da ONU, adoptada na sua 10ª Sessão Especial de Emergência, que apela para que esta 79ª Sessão da Assembleia Geral convoque uma conferência internacional sob os seus auspícios para a implementação da Resoluções da ONU relativas à Questão da Palestina e à solução de dois Estados para a conquista de uma paz justa, duradoura e abrangente no Médio Oriente.

Actualmente, existem ainda 17 Territórios Não Autónomos, que não gozam de plena independência e autodeterminação como um direito legítimo dos seus respectivos povos, de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional. FMA/ART





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