Seul (Do enviado especial) – O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, anunciou terça-feira, em Seul, ter apresentado ao seu homólogo coreano, Yoon Suk-Yeol, ideias e projectos para redinamizar a cooperação bilateral que conheceu um abrandamento, nos últimos anos.
João Lourenço discursava na abertura das conversações oficiais entre as delegações dos dois países, no quadro da sua visita de Estado de 48 horas à Coreia do Sul.
O chefe de Estado recordou que transcorreram 31 anos de intercâmbio e de trocas a todos os níveis, desde a formalização da cooperação bilateral, em 1993, com a assinatura do Acordo Geral de Cooperação.
Realçou que, nesse período, os dois Estados realizaram acções de cooperação com “apreciável relevância”.
Apesar disso, prosseguiu, “estamos muito aquém de tudo quanto podemos fazer, tendo em conta o potencial de que os nossos dois países dispõem".
Por isso, o estadista indicou que, no encontro a sós que manteve com Yoon Suk-Yeol, apresentou “um conjunto de ideias e e projectos de cooperação” que os dois países podem desenvolver, ao nível institucional e com o sector empresarial privado coreano.
Declarou que o dinamismo e capacidade empreendedora dos empresários coreanos “são amplamente conhecidos”, pelo papel transformador que conseguiram realizar no plano da economia da Coreia, situando-a em muito poucas décadas ao nível das grandes economias do mundo.
Explicou que o objectivo principal da sua deslocação é absorver as dinâmicas que impulsionaram o desenvolvimento da Coreia do Sul e poder contar com a sua colaboração para ajudar Angola a dar passos firmes e seguros na construção de uma economia sólida.
Conforme o Presidente João Lourenço, Angola almeja construir uma economia capaz de responder às necessidades fundamentais da população do país e de se integrar no contexto da economia mundial.
Manifestou-se confiante que os novos instrumentos jurídicos que os dois países acabam de assinar vão ajudar a incrementar e intensificar os contactos entre as entidades públicas coreanas e angolanas e entre os homens de negócios de um e de outro lado.
Por outro lado, expressou a sua satisfação pelos resultados dos contactos que manteve, em Seul, pelo interesse e pela sensibilidade demonstrada pela parte coreana às questões relativas à cooperação com o continente africano.
Na ocasião, considerou que essa sensibilidade terá a sua expressão mais significativa e visível com a realização, proximamente, da cimeira Coreia-África, e da qual disse esperar que surja um quadro realista e pragmático de cooperação entre os diferentes países africanos e a Coreia. VIC/IZ