Luanda - Angola preside, esta segunda-feira, a uma reunião ministerial virtual do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana (UA) sobre o papel da mediação e reconciliação na resolução do conflito na região Leste da RDC.
De acordo com um comunicado de imprensa, a reunião, orientada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, na qualidade de presidente do CPS para o mês de Julho, tem como foco os Processos de Luanda e de Nairobi.
Entre outros objectivos, o encontro visa aprofundar a compreensão sobre o papel da mediação angolana na resolução do conflito no Leste da RDC.
Visa igualmente promver abordagens mais mais eficazes e inclusivas por parte do Conselho de Paz e Segurança que poderão contribuir na busca de soluções concretas, no âmbito da implementação dos Processos de Luanda e de Nairobi.
A República Democrática do Congo (RDC) enfrenta desafios de segurança na sua região Leste, há vários anos.
Apesar dos esforços de paz da ONU e da União Africana, a situação continua instável e perigosa, com constantes violações dos acordos de cessar-fogo e dos direitos humanos.
Várias organizações humanitárias, como o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), tentam ajudar a população afectada, fornecendo assistência médica, alimentar, financeira e psicossocial, além de facilitar o restabelecimento dos laços familiares.
No quadro do Processo de Luanda, Angola recebeu da União Africana mandato para lidar apenas com o caso M23, enquanto o Quénia deve actuar com assuntos relacionados com os outros grupos rebeldes que actuam naquele país.
Angola, no âmbito da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), tem estado a facilitar o diálogo entre as partes que permitiu a adopção do Roteiro de Luanda sobre o processo de pacificação da região leste da RDC.
No quadro do Roteiro de Luanda, foi adoptado o plano de acção conjunto para a resolução da crise de segurança.
O plano conjunto prevê a cessação das hostilidades, em geral, e, em particular, dos ataques do M23 contra as Forças Armadas da RDC.
Também estabelece o acantonamento e desarmamento do M23, o regresso dos deslocados internos às suas áreas de origem, assim como o retorno dos refugiados congoleses no Rwanda à RDC.ART