Luanda – A Marinha de Guerra de Angola participa, a partir desta segunda-feira até ao dia 17 deste mês, na região do Golfo da Guiné, no exercício internacional denominado “Obangame Express 2024”.
O exercício realiza-se anualmente no âmbito da implementação da Arquitectura de Yaondé, na região do Golfo da Guiné, em que Angola é parte e coordenador da Zona A.
O mesmo se insere nos acordos marítimos e interoperabilidade entre os países africanos, europeus, americanos, e decorre sob os auspícios da Força Naval Africana (NAVAF) do Comando Africano (AFRICOM) dos Estados Unidos da América (EUA).
O OE24 tem como objectivo exercitar os acordos marítimos regionais e a interoperabilidade entre as nações africanas, europeias, do Atlântico Norte e as agências militares e cívis dos EUA, nas amplas atribuições da segurança marítima, que incluem segurança energetica, combate a pirataria maritima, trafico ilicito e pesca ilegal.
Visa também o aprimoramento de técnicas de busca e salvamento, sequestro, imigração ilegal, roubo armado a navios e resposta a derrames de petroleo.
Em declarações à imprensa, o chefe da direcção de operações da Marinha de Guerra Angolana, contra almirante Josemar de Carvalho, disse que a corporação está pronta para participar no "Obangame Express 2024".
Segundo o contra-almirante, para o exercício, a marinha conta com equipamentos de última geração, além de recursos humanos qualificados.
Para as manobras, informou que, a MGM vai participar com um navio de patrulha da classe Ngola Kiluange ou Ocean Eagle, uma lancha Interceptora HSI-32, quatro bote de patrulha da classe Rodman33, três equipas de abordagens, igual número de bote pneumáticos para o treinamento VBSS, um Centro de Operações Marítimas, uma ambulância e um Helicóptero pertencente à Força Aérea Nacional.
Conta também com equipas de destacamento de acções especiais de fuzileiros navais,especializadas em abordagem cooperativas e não cooperativas.
Josemar de Carvalho acrescentou que este exercício busca um impacto positivo na pacificação dos conflitos na África e no ocidente.
Afirmou que a participação da Marinha angolana nesse evento vai aperfeiçoar, cada vez mais, a operacionalização das forças, que poderão vir a cumprir outras missões a nível do continente e não só.
O comando e direcção do exercício será executado a partir do Posto de Comando Geral localizado em Libreville-Gabão e, nas cinco zonas, pelos Centros Multinacionais de Coordenação.
Na Zona A, onde Angola é o país coordenador, será dirigida pela comissão da MGA, pela equipa de avaliadores da NAVAF, de oficiais observadores do Centro Regional de Segurança Marítima (CRESMAC) e dos países pertencentes à zona. LIN/ART