Luanda – A dívida de Angola com a China diminuiu, durante 2023, de 17,9 biliões de dólares para 16 biliões, graças à actualização da forma de pagamento.
A informação foi prestada pelo embaixador da China em Angola, Zhang Bin, em entrevista à ANGOP, para abordar o estado actual da cooperação entre os dois países.
O diplomata, a trabalhar em Angola desde Fevereiro deste ano, lembrou que, no mês de Março deste ano, as partes chegaram a um consenso em optimizar e actualizar a forma de pagamento desta dívida.
Disse que actualmente o estado de pagamento é normal, como planeado e acredita que, no futuro, a cooperação a nível do financiamento entre os dois países vai conhecer outros desenvolvimentos.
Zhang Bin tranquilizou que a dívida não constitui uma preocupação nas relações entre os dois países, pois, para si, é normal que uma nação que queira desenvolver contraia empréstimos e, no caso da China e Angola, estão num bom ciclo.
Para o diplomata, a cooperação entre Angola e China, que já dura 41 anos, está no seu melhor momento da história, com os parceiros a negociar novas áreas de contacto para elevar o nível da qualidade da parceria, olhando para o desenvolvimento do país.
Informou que fruto desta cooperação, os chineses reabilitaram milhares de quilómetros de linha férrea, estradas, bem como construíram escolas, hospitais e habitações sociais.
Durante a entrevista, cuja íntegra ANGOP vai publicar nos próximos dias, o embaixador anunciou as novas áreas por onde passará a cooperação no futuro, destacando o domínio da tecnologia digital.
Falou também dos preparativos e perspectivas do Fórum de Cooperação China/África, que decorre de 4 a 6 de Setembro em Beijing (China), bem como o papel do país asiático para o alcance da paz e segurança no continente africano, formação de quadros e no domínio da saúde.
Zhang Bin deu a conhecer que para a cimeira o Presidente da China, Xi Jinping, reservou uma surpresa para as nações africanas, que será anunciada no evento.
Desde 2007, Angola é o maior parceiro comercial da China em África, com um volume de negócios que registou, só em 2010, um total de 24,8 mil milhões de dólares norte-americanos.
Dez anos mais tarde, o valor das trocas comerciais com a China ascendeu os 61 por cento. A China é, actualmente, o maior credor de Angola, com base em várias linhas de crédito abertas pelo Governo chinês, através de bancos estatais.
Em Angola, a China opera nos mais variados domínios da vida económica e social do país, com forte presença nas áreas de Formação de Quadros e construção civil. ART