Luanda – A República de Angola participa na 66ª sessão ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decorre neste domingo, na cidade de Abuja.
A delegação angolana ao evento é presidida pelo embaixador José Bamóquina Zau, segundo uma nota dos Serviços de Comunicação Institucional e Imprensa da Embaixada de Angola na República Federal da Nigéria, Benin, Níger e CEDEAO.
Esta é a primeira vez que o país é representado nesta Cimeira depois da acreditação do diplomata angolano, em Setembro último, como representante permanente, cuja missão é permitir maior presença de Angola na CEDEAO na partilha de interesses comuns, sobretudo no Golfo da Guiné.
O passo seguinte será a admissão de Angola como membro observador da CEDEAO, cuja deliberação será apreciada numa cimeira extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da organização, a realizar-se em 2025.
O objectivo é assegurar maior alinhamento político-diplomático entre Angola, SADC e a CEDEAO nos desafios de segurança e de integração regional.
A 66ª sessão ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental é presidida pelo Presidente da Nigéria e da CEDEAO, Bola Ahmed Tinubu.
Durante a sessão, foram apresentados seis relatórios sobre mediação de conflitos e segurança da região, o processo de transição democrática na Guiné (Conacry), a implantação da moeda única ECO e a regulamentação do comércio intra-comunitário.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS – acrónimo em inglês) nasceu do Tratado de Lagos de 1975, para promover o comércio, cooperação política, desenvolvimento e integração regional.
Agrega 15 países membros da região, entre os quais Benin, Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo. Estão suspensas da organização as repúblicas do Burquina Faso, Guiné (Conacry), Mali e Níger devido as mudanças militares inconstitucionais.
Sahel irredutível
A Confederação dos Estados de Sahel (Burkina Faso, Mali e Níger), países liderados por Juntas Militares, mantêm-se irredutível na sua posição de sair da organização até 25 de Dezembro deste ano, uma situação que fragiliza grandemente a CEDEAO.
A situação forçou, nesta manhã, uma pré-cimeira de três horas entre os Chefes de Estado e de Governo da Comunidade que poderão decidir ou não remover os três países da Confederação dos Estados do Sahel e refundar a CEDEAO com a adequação dos seus estatutos. OHA