Dubai (Do enviado especial) - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, afirmou esta sexta-feira, no Dubai, Emirados Árabes Unidos, que Angola está alinhada com a transição energética, quando justa e equitativa.
Em declarações à imprensa na COP 28, o governante acrescentou a necessidade de ser também racional e ter em conta os interesses nacionais.
Disse que Angola tem tratado, há muito tempo, desse assunto e desde o primeiro mandato do Presidente João Lourenço tem se dado atenção especial a essa questão.
A actividade petrolífera é essencial para o país e o recurso mais importante da economia, mas a situação do planeta exige atitudes diferenciadas no tratamento das emissões dos gases de efeito estufa, entre outros efeitos nocivos.
"Temos tomado medidas concretas, hoje a queima de gás só se realiza em casos especiais e com a autorização do ministro de tutela", salientou.
Conforme Diamantino Azevedo, iniciamos com os nossos parceiros programas para descarbonização, portanto a COP 28 é mais um complemento nos programas, tanto a nível ministerial e das operadoras.
Sobre metas, explicou que os programas não são estáticos e são vistos como processo a continuar, aperfeiçoar e melhorar enquanto existirem estes recursos para serem explorados, sublinhado que hoje não é possível viver sem petróleo e gás.
Referiu que a luta deve ser contínua na procura de um maior equilíbrio da necessidade de usar o petróleo, gás e outros recursos naturais em paridade com as questões climatéricas.
"Não temos que definir uma data de corte, temos que prestar mais atenção e definir políticas para servirem simplesmente esses desideratos e não interesses de terceiros com outras ambições", afirmou.
Lembrou que praticamente 99 por cento das receitas e divisas de Angola são provenientes do petróleo, gás e diamantes e essa mono dependência exige mais e muito de todos angolanos.
A Conferência das Partes (COP) 28 prossegue, esta sexta-feira, com o início da Cúpula Mundial de Acção Climática, o primeiro dia da reunião de alto nível, entre outras actividades.
Neste primeiro dia da Cúpula, o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, vai estar presente em representação do Chefe de Estado, João Lourenço. VIC/VC