Seul (Do enviado especial) - O Chefe de Estado João Lourenço apresentou esta segunda-feira, em Seul, aos empresários sul-coreanos Angola como uma das principais economias emergentes de África.
João Lourenço, que falava na abertura do Fórum Empresarial Angola-Coreia do Sul, adiantou que o país é actualmente a quinta maior economia da África Subsariana, com uma população maioritariamente jovem.
Explicou aos mais de 150 empresários presentes que Angola tem trilhado o seu percurso de desenvolvimento, assente em princípios democráticos, de justiça e de equidade social.
"Temos uma economia aberta e com enormes potencialidades económicas e a consolidar um conjunto de reformas com o propósito de melhorar o ambiente de negócios e incentivar o investimento privado", assegurou.
A lei do investimento privado actualmente vigente, disse, confere a liberdade de movimentação de capitais, de formação de parcerias e de acesso a benefícios fiscais.
O Presidente da República cumpre desde esta segunda-feira uma visita oficial de 48 horas à Coreia do Sul.
Cinco principais economias
Segundo as projecções de 2023 do Fundo Monetário Internacional (FMI), Angola figura como uma das cinco principais economias a ter em conta, na África Subsariana, ao lado da Nigéria, da África do Sul, do Quénia e da Etiópia.
O FMI entende, contudo, que Angola vai recuperar a sua posição como a terceira maior economia da região, graças ao regresso ao crescimento ligado ao aumento dos preços do petróleo.
Enquanto actual maior produtor de petróleo do continente, em substituição da Nigéria, Angola é também conhecida como “um produtor significativo” de diamantes em bruto.
Espera-se que o Produto Interno Bruto (PIB) de Angola continue a crescer nos próximos anos, depois da previsão de 8,6% e cerca de 135 mil milhões de dólares, em 2023, um aumento significativo em relação aos anos anteriores.
Por seu turno, a Etiópia deverá substituir o Quénia como a quarta maior economia da África Subsariana, devido ao abrandamento do conflito armado.
Outra razão avançada pelo FMI para a provável ascensão etíope é a continuação de “ambiciosos esforços” de reforma económica destinados a abrir “uma das economias africanas de mais rápido crescimento, mas mais fechada”.
O FMI previa para a Etiópia um PIB de 126,2 mil milhões de dólares, com uma expansão de 13,5% e um contínuo crescimento nos próximos anos.
Enquanto isso, a Nigéria manteve-se como a maior economia do continente no primeiro lugar do ranking económico da África Subsariana, com um PIB de 574 mil milhões de dólares, em 2023.
Também a África do Sul conservou a sua posição como a segunda maior economia da África Subsariana, com um PIB de 422 mil milhões de dólares americanos. VIC