Angola engajada no alcance da paz duradoura nos grandes lagos

     Política              
  • Luanda • Terça, 23 Maio de 2023 | 17h07
Mesa redonda sobre a política externa de Angola nos Grandes Lagos", promovida pela AN
Mesa redonda sobre a política externa de Angola nos Grandes Lagos", promovida pela AN
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Luanda - A presidente da Assembleia Nacional (AN), Carolina Cerqueira, reiterou esta terça-feira, em Luanda, o engajamento do Estado angolano na promoção da democracia, boa governação, defesa dos direitos humanos e no alcance da paz e segurança duradoura na região dos Grandes Lagos.

Ao intervir numa mesa redonda sobre a "política externa da República de Angola na Região dos Grandes Lagos", promovida pela AN, Carolina Cerqueira disse ser necessário que todos assumam o desafio para a transformação da região dos Grandes Lagos em zona de estabilidade política e social, de crescimento e desenvolvimento partilhado.

Considerou determinante, por via da acção diplomática, garantir a estabilidade política, económica, social e humanitária "dos nossos países e na região".

Segundo a líder do Parlamento angolano, para se alcançar esses objectivos comuns os Estados devem ser solidários em todas as circunstâncias, actuando com base nos valores e nos melhores costumes da cultura africana e respeito pelas diferenças.

"Infelizmente a nossa região é, ainda, de certo modo, considerada a menos estável no continente, devido aos conflitos mais emergentes e outros latentes que se registam entre alguns Estados e grupos beligerantes que, de certa forma, contribuem para a criação de vários constrangimentos e põem em causa o desenvolvimento dos nossos países", vincou.

Enfatizou que estes conflitos têm atrasado a implementação das metas fixadas no quadro dos objectivos de desenvolvimento sustentável e outros desafios relevantes para a região como a integração regional, com o foco na livre circulação de pessoas e no livre comércio entre os Estados.

Notou que a realização da mesa redonda, com a participação da presidente do Parlamento do Sudão do Sul e presidente em exercício do Fórum Parlamentar da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (FP-CIRGL) e outras entidades africanas, "é um bom exemplo para a definição de soluções comuns de forma concertada".

Por seu turno, a presidente da Assembleia Legislativa do Sudão e presidente em exercício do Fórum Parlamentar da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (FP-CIRGL), Jemma Nunu Kumba, elogiou os angolanos pelo facto de terem alcançado a paz sustentável e a liderança do Presidente João Lourenço, "depois de terem passado por momentos difíceis".

Lembrou que o Sudão do Sul também vive a mesma experiência "e, uma vez que estamos aqui, temos muito que aprender de Angola e do povo de Angola".

Defendeu a necessidade de os africanos trabalharem de forma concertada para resolverem os seus problemas, utilizando sempre a abordagem africana.

Sobre o conflito que emergiu no Sudão, a 16 de Abril deste ano, e que já causou cerca de sete milhões de deslocados, apelou às partes beligerantes para a cessação imediata de toda as formas de violência e respeitarem o cessar-fogo.

"É nossa responsabilidade, na qualidade da região, agir e apelar às partes em conflito para alcançar um cessar-fogo e pararem com a destruição que tem estado acontecer e dar uma oportunidade ao diálogo para a resolução do problema", assinalou.

Defendeu, também, um diálogo inclusivo participativo para se acabar com o conflito no Leste da República Democrática do Congo (RDC) e agradeceu aos Estados membros que contribuíram com contingentes de Manutenção de Paz para a Região, entre os quais Angola e o Sudão do Sul.

Empoderamento da mulher 

A presidente em exercício do FP-CIRGL elogiou, na ocasião, a política do Presidente João Lourenço no empoderamento das mulheres e considerar o equilíbrio do género no Governo angolano, incluindo no judiciário. "Isto é o que estamos à procura na região dos Grandes Lagos".

A mesa redonda, que contou com a presença do presidente do Senado do Quênia, do representante do Parlamento da Zâmbia, entre outras individualidades, visou sensibilizar os parlamentos africanos, dos Grandes Lagos em particular, para contribuírem na construção de uma paz assente em pilares sólidos nessa região. DC/OHA/ADR



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