Nova Iorque (Dos enviados especiais) - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, encorajou esta quarta-feira, nos Estados Unidos da América, a promoção de uma cultura de paz para o reforço da estabilidade e desenvolvimento de África.
Ao intervir no segundo dia do Debate da 78ª Sessão da Assembleia-Geral da ONU, enfatizou que Angola tem-se assumido como promotora do diálogo, que não se deve limitar aos espaços políticos e diplomáticos.
Conforme o também Presidente em exercício da SADC, o diálogo deve abranger um vasto leque de protagonistas, designadamente organizações da sociedade civil, empresas e indivíduos, cabendo um lugar de destaque para a juventude, verdadeira força motora do desenvolvimento.
Segundo João Lourenço, foi imbuída deste espírito que Angola decidiu albergar o Fórum Pan-africano para a Cultura de Paz em África, em parceria com a União Africana (UA) e a UNESCO, cuja 3ª edição realizar-se em Novembro deste ano, em Luanda.
O Fórum, também conhecido como "Bienal de Luanda", constitui uma plataforma privilegiada de intercâmbio entre diferentes culturas, religiões e modelos sociais, através de sessões interactivas e construtivas para identificar, promover e difundir modelos viáveis e inclusivos de resolução pacífica de conflitos em África.
Do seu ponto de vista, o evento pode servir de referência potencialmente inspiradora em outras regiões.
Engajamento diplomático de Angola
No seu discurso, João Lourenço mencionou o engajamento diplomático da República de Angola em iniciativas e programas a favor da prevenção, gestão e resolução de conflitos em África, particularmente no actual contexto de grandes desafios e oportunidades para a afirmação do continente no contexto global.
Ressaltou que a República de Angola tem procurado contribuir com a sua experiência em termos de construção da paz, da harmonia e da reconciliação nacional para a resolução de conflitos que assolam o continente africano, com especial enfâse para o que ocorre na República Democrática do Congo (RDC).
João Lourenço acredita que se poderá construir uma base de confiança entre os beligerantes que contribua para um abrandamento da tensão na região dos Grandes Lagos e conduza à tão almejada paz. DC/SC/VM/ELJ