Luanda - Angola e Tajiquistão trabalham para a assinatura de um Memorando de Consultas Políticas, informou, este domingo, o embaixador angolano neste país da Ásia, Augusto Cunha.
Segundo o diplomata, o documento poderá ser assinado à margem da Conferência de Dushanbe, onde participa a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, se as partes assim o entenderem, para se começar de facto uma cooperação entre os dois países.
"O Tajiquistão fazia parte da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, e, quando houve a desintegração, passou a ser um país independente. Tínhamos um acordo de cooperação com a União Soviética, assinado logo após a Independência Nacional, e com essa desintegração houve necessidade de se rever com o Tajiquistão", sublinhou.
Sobre angolanos residentes no Tajiquistão, o embaixador, residente em Moscovo, fez saber que não há registos actuais, mas que, no passado, houve alguns cidadãos que estudaram no tempo da União Soviética.
O diplomata avançou que, na Rússia, existem mil e 200 estudantes.
A conferência de Dushanbe vai desdobrar-se em três grandes momentos.
O primeiro prevê a realização de fóruns temáticos por regiões: “Fórum Africano sobre a Água”, “Fórum sobre os Glaciares” e “Fórum Centro asiático sobre a Água”, prevendo ainda um Fórum sobre Ciência e Tecnologia, bem como sobre o sector privado.
O segundo dia está reservado à abertura da Sessão Plenária, cujo pano de fundo passa pelo diálogo interactivo focado na implementação da década de acção hídrica e nos resultados da Conferência da ONU sobre Água de 2023.
Será suportado por temas como “Água para a saúde: Acesso à Higiene, incluindo os Direitos Humanos à água potável e ao saneamento” e “Água para o desenvolvimento sustentável: valorizando a água, o nexo água-energia-alimentos e o desenvolvimento económico e urbano sustentável”.
O terceiro dia está reservado para as questões da “Água para o clima, resiliência e meio ambiente: fonte para o mar, biodiversidade, clima, resiliência e redução do risco de desastres (DRR)” e da “Água para a cooperação: cooperação hídrica
transfronteiriça e internacional, cooperação intersetorial, incluindo cooperação científica e água, em toda a Agenda 2030”.
O tema sobre “Década de acção no domínio da água: acelerar a implementação dos objectivos da década, nomeadamente através do Plano de Acção do Secretário-Geral da ONU” fecha a plenária, em que participam Chefes de Estado e de Governo, sociedade civil e sector privado. FMA/ART