Lubango– As repúblicas de Angola e da Namíbia pretendem abrir, ainda este ano, novos postos fronteiriços oficiais, na fronteira comum, com vista a incrementar as trocas comerciais e consolidar os laços de solidariedade.
Os novos postos poderão ser abertos pelas províncias do Cunene, Namibe e Cuando Cubango (Angola) e Ruacaná, Oshikango e Rundu (Namibia), segundo director de Comunicação Institucional e Imprensa do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) de Angola, Simão Milagres.
Em declarações à imprensa hoje, terça-feira, no Lubango, durante a abertura da 2ª Reunião bilateral entre o SME e a Direcção de Controlo de Migração e Cidadania da República da Namíbia (DCMCN), a fonte sublinhou que a intenção é fruto da cooperação existente entre os dois países, no contexto migratório.
Afirmou existir aglomerados populacionais nos dois lados que precisam de fazer as suas vidas e encontrar um entendimento comum, com base nos artigos 2º e 3º do actual protocolo da facilitação e isenção de vistos entre Angola e Namíbia.
Referiu que há algum tempo deixou de haver a necessidade da solicitação de um visto para a deslocação nos dois países, com aparecimento do cartão do munícipe para facilitar a movimentação das populações residentes ao longo do traçado fronteiriço.
“No caso de Angola, colocava-se a necessidade de se emitir um cartão residente fronteiriço, mas com aparecimento do cartão único do munícipe, fica mais facilitado este documento que dá acesso para emitir o passe de travessia para os residentes ao longo da fronteira ”, disse.
Por sua vez, a vice-governadora provincial da Huíla para o sector Político, Social e Económico, Maria João Chipalavela, destacou que a dignidade e a solidariedade entre Angola e a Namíbia são valores inquestionáveis em virtude dos laços históricos que unem os dois países.
“A reunião vem consolidar mais a cooperação entre os dois países irmãos, no domínio migratório, na perspectiva da entrada e saída de cidadãos angolanos e namibianos para promover as trocas comerciais, capitalizar investidores de interesse e manter os laços de solidariedade”, reforçou.
O evento com a duração de três dias, dentre outros mecanismos, vai procurar encontrar soluções para melhorar a mobilidade de angolanos e namibianos, bem como, analisar a situação da aprovação de um documento de travessia da fronteira comum entre os residentes fronteiriços.
As repúblicas de Angola e da Namíbia partilham uma fronteira de mil 367 quilómetros entre terra e mar.