Luanda - Angola e a Guiné Equatorial relançaram, esta quarta-feira, a cooperação entre os dois países, com a assinatura de quatro instrumentos jurídicos.
Os dois Estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) assinaram, em Luanda, os memorandos sobre formação de quadros, Comissão Mista de Cooperação, processo verbal e consultas políticas.
Os documentos foram assinados à margem da segunda sessão da Comissão Mista de Cooperação entre os dois países.
Pela parte angolana assinou o ministro das Relações Exteriores, Téte António, e pela guineense o ministro dos Assuntos Exteriores e Cooperação, Simeon Angue.
Ao intervir no acto, o ministro Téte António afirmou que Angola considera prioritários os domínios político-diplomático, da defesa, segurança e ordem pública, migração, finanças, justiça e direitos humanos e agricultura.
Destacou, igualmente, os sectores das telecomunicações e tecnologias de informação, recursos minerais, petróleos e gás, transportes, turismo e cultura, bem como a promoção de investimentos e a educação.
De acordo com o chefe da diplomacia angolana, a presença do ministro guineense em Angola corresponde à vontade dos dois países elevarem as relações de cooperação.
Por sua vez, o ministro dos Assuntos Exteriores e Cooperação da Guiné Equatorial, Simeon Angue, referiu que “os instrumentos jurídicos vão ajudar na formação da língua portuguesa e definir as áreas de interesse para a inserção progressiva na CPLP",
Informou que o seu país augura incluir na cooperação a promoção de negócios e investimentos do turismo, entre outros serviços.
"Vamos adoptar estratégias para combater os flagelos que mais frequentemente ameaçam a sub-região, como a pirataria no Golfo da Guiné, cuja zona marítima emana grande parte dos recursos naturais que possibilitaram o nível de desenvolvimento nos países africanos", expressou.
As relações de cooperação entre Angola e a Guiné Equatorial conheceram o seu ponto alto em 2006, altura da assinatura do Acordo Geral de Cooperação.
Desde 2006, as relações entre os dois países têm passado por diferentes etapas de cooperação, sendo actualmente mais significativas nos sectores de segurança, Petróleo, Transporte Aéreos e Ordem Pública.