Luanda – As autoridades angolanas e francesas abordaram esta terça-feira, em Luanda, questões ligadas ao reforço das relações bilaterais entre os dois países, com foco no incremento dos acordos jurídicos que estruturam as parcerias e também na troca de visitas ao mais alto nível.
Estes aspectos foram abordados durante uma audiência do ministro das Relações Exteriores, Téte António, à embaixadora da República Francesa, Sophie Aubert.
Durante a audiência, as partes reconhecem a importância do fortalecimento das bases jurídicas para a consolidação das áreas de cooperação já existentes e facilitar novas oportunidades de intercâmbio, tanto no campo económico, como nos domínios do ensino superior, agricultura, energia e águas, transportes, telecomunicações e saneamento básico.
Angola e a França têm mantido relações político-diplomáticas há longos anos, sendo que o primeiro acordo entre os dois Estados foi rubricado em 1982, lançando deste modo as bases da cooperação bilateral.
Ao longo dos anos, a cooperação económica entre os dois Estados tem sido significativa e marcada por diversos acordos e parcerias em áreas estratégicas como energia, infra-estrutura, transportes e agricultura.
Um dos principais pilares da cooperação é o sector de petróleo e gás, onde empresas francesas, como a TotalEnergies, têm uma presença importante em Angola.
A TotalEnergies é um dos maiores investidores estrangeiros no país, actuando principalmente na exploração e produção de petróleo e gás natural.
A França também possui interesse na modernização da infra-estrutura angolana, principalmente no que se refere à construção de estradas e sistemas ferroviários.
Com isso, foram estabelecidas parcerias para a reabilitação de infra-estruturas essenciais, contribuindo para a melhoria da logística e transportes, além da sua colaboração no desenvolvimento do sector agrícola, proporcionando assistência técnica e promovendo investimentos que visam aumentar a produtividade e diversificação agrícola.
Outro aspecto importante na relação entre Angola e a França é o apoio desse país europeu em termos de capacitação técnica e educação, com programas de intercâmbio e formação de quadros angolanos, particularmente nas áreas de engenharia e ciências.
No campo das finanças e do investimento, o Governo francês tem trabalhado com Angola para fomentar o investimento directo estrangeiro, além de oferecer apoio financeiro para projectos de desenvolvimento e modernização económica do país.
Esses pontos mostram uma relação que tem como objectivo fortalecer os laços económicos e promover o desenvolvimento sustentável de Angola, ao mesmo tempo em que abre oportunidades para as empresas francesas no mercado angolano. FMA/SC
