Luanda - O embaixador angolano Daniel António Rosa abordou, terça-feira, em Manila, Presidente das Filipinas, Ferdinand “Bongbong” Marcos, aspectos relacionados com a cooperação entre os dois países.
Durante um encontro à margem da primeira visita oficial às Filipinas do também representante de Angola em Singapura, as duas entidades afloraram a necessidade de se fortalecer os laços de amizade e cooperação entre os dois países.
O encontro, que teve lugar no Palácio Presidencial de Malacañang, no quadro da celebração do Dia da Independência das Filipinas, serviu para o diplomata angolano partilhar alguns dados sobre Angola.
Para além do encontro com o Chefe de Estado, Daniel Rosa foi também recebido pelo secretário dos Negócios Estrangeiros, Enrique A. Manalo, com quem tratou questões ligadas à cooperação nos vários domínios de interesse comum para Angola e para as Filipinas, a serem traduzidos brevemente em assinatura de instrumentos jurídicos entre os dois Governos.
As duas personalidades abordaram, também, as transformações políticas e económicas em curso em Angola, desde que o Presidente João Lourenço assumiu a liderança do país, em 2017.
O chefe da missão diplomática de Angola aproveitou a ocasião para solicitar ao Governo filipino apoio na legalização dos cidadãos angolanos que se encontram em situação ilegal, dando ainda a conhecer a decisão das autoridades angolanas de elevar a sua representatividade diplomática nas Filipinas, com a nomeação de um embaixador com o estatuto de residente, em Manila, no quadro do reforço da cooperação bilateral.
Por seu turno, o chefe da diplomacia filipina saudou as reformas em curso em Angola e manifestou total disposição do seu Governo em reforçar os laços de amizade e cooperação com o Estado angolano, nos vários sectores.
Apontou, também, como uma das prioridades a realização, para breve, de consultas políticas bilaterais, com o fito de fortalecer os laços de cooperação político-diplomáticos, assinalando, como áreas prioritárias para a cooperação, a agricultura, segurança alimentar, energias renováveis, infra-estruturas e cultura.
As filipinas, segundo o responsável, pretende reforçar a cooperação multilateral ao nível do Grupo 77 e China, do Movimento dos Não-Alinhados e outras organizações internacionais, tendo, para o efeito, solicitado o apoio de Angola à sua candidatura como membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, para o biénio 2027-2028, cujas eleições terão lugar em finais de 2026.
Em Manila, o diplomata angolano ofereceu uma recepção à comunidade angolana residente nas Filipinas, com a participação de cerca de uma centena de nacionais.
No decorrer do acto, partilhou dados sobre a evolução política e sócio-económica do país e aconselhou os angolanos a se focarem na sua formação académica, de forma a tomarem parte do processo de desenvolvimento harmonioso de Angola, bem como a pautarem por uma conduta de respeito às leis do país de acolhimento.
O embaixador fez-se acompanhar da embaixatriz, Helena Maria Correia António Rosa, do Ministro Conselheiro, Estêvão Alberto, dos Conselheiros Nlando Augusto Bernardo e António Gamboa Vieira Lopes, entre outros membros do corpo diplomático acreditado na República das Filipinas.
As relações de amizade entre Angola e as Filipinas datam desde os primórdios da Independência Nacional, com início formal a 14 de Setembro de 2001, em Nova Iorque, após acordo assinado pelos então representantes permanentes dos dois países nas Nações Unidas, Ismael Martins e Enrique A. Manalo, respectivamente.
No âmbito da aproximação entre os povos dos dois países, cerca de dois mil filipinos residem em Angola, dos quais 800 inscritos nos Serviços Consulares, enquanto a comunidade angolana registada neste país ronda os 300 cidadãos. VM