Luanda - Angola e os Estados Unidos da América (EUA) analisaram, quinta-feira, o alargamento da cooperação bilateral, numa conversa ao telefone entre o chefe da diplomacia angolana, Téte António, e a secretária de Estado Adjunta americana, Wendy Ruth Shernam.
De acordo com o Ministério angolano das Relações Exteriores, que avança a informação, o telefonema foi feito à margem da 40ª Sessão do Conselho Executivo da União Africana, que decorre em Addis-Abeba, na Etiópia.
Durante a conversa, as duas entidades também debruçaram-se sobre questões ligadas ao multilateralismo, em particular, à paz, segurança e governança no continente africano.
Relações Angola e EUA
Angola e os Estados Unidos da América estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993.
O sector da energia está no centro das relações económicas entre ambos os países.
O Ex-ImBank americano dispõe de uma linha de crédito de apoio às exportações dos EUA para Angola.
A Câmara de Comércio Estados Unidos-Angola dedica-se à promoção do comércio e investimento entre os dois países.
Combate à corrupção
Os EUA apoiam Angola no combate à corrupção por meio de várias iniciativas, inclusive do programa do Departamento do Tesouro, lançado em Março de 2019, para aperfeiçoar a capacidade do país em implantar o regime de combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (AML/CFT).
Cooperação económica
As companhias americanas possuem investimentos em Angola, especialmente no sector de energia. ExxonMobil, Halliburton, Baker Hughes, Caterpillar, Chevron, Cummins, TechnipFMC e Tidewater estão todas representadas no país.
Em 2019, um consórcio liderado pela Chevron anunciou planos de investimentos de mais de dois mil milhões de dólares na exploração de novos campos marítimos de gás natural e o aumento da produção dos campos existentes.
O Ex–ImBank dos EUA assinou um Memorando de Entendimento com Angola, em Abril de 2019, com o objectivo de explorar garantias de até quatro mil milhões de dólares em apoio às exportações dos EUA para o país.