Luanda - Angola e Egipto realizaram, quinta- feira, na cidade de Cairo, consultas bilaterais com objectivo de aprofundar a cooperação nos variados domínios.
O encontro foi ao nível dos directores das áreas Geopolíticas para África do Ministério das Relações Exteriores de Angola, Jorge Cardoso, e do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Migração do Egipto,Ihab Awad Moustafa.
Durante o encontro foram analisadas questões de natureza bilateral, regiona e internacional, tendo as partes acordado em operacionalizar os mecanismos de diálogo e concertação permanente através de Consultas Políticas ao nível ministerial, cujo instrumento jurídico foi assinado em Março 2022.
Por outro lado, concordaram igualmente em realizar a primeira Comissão Bilateral entre os dois países no decorrer do ano de 2025.
Neste contexto, no que diz respeito a agenda bilateral, as partes congratularam-se pelas excelentes relações político-diplomáticas e económicas que caracterizam os dois países, tendo destacado a visita a Luanda do Presidente do Egipto, Abdel Faffat El Sisi, em Junho de 2023.
Nesta visita, foram assinados o memorando de entendimento para Cooperação no domínio da Segurança e Ordem Públicas, e para Assistência Técnica na Gestão e Desenvolvimento de Água Subterrâneas.
Por outro lado, e estando em negociação sete (07) outros instrumentos jurídicos, as partes concordaram em priorizar o estabelecimento de ligações aéreas directas entre as duas capitais, bem como os acordos nos domínios da agricultura e do sector farmacêutico.
Quanto ao Corredor do Lobito, importante projecto com dimensão regional e inter-regional, as partes reconheceram a importância no contexto do desenvolvimento de infraestruturas e facilitar a implementação da Zona de Comércio Livre Continental Africana.
No que diz respeito a agenda regional e continental, e tendo em conta a assunção de Angola à Presidência da União Africana em Fevereiro de 2025, e considerando que ambas integram o Conselho de Paz e Segurança da União Africana, as partes identificaram a reforma das instituições da União Africana, o financiamento das Missões de Apoio à Paz, as infraestruturas e as parcerias com a comunidade internacional como áreas críticas de trabalho conjunto.
Reconheceram igualmente a necessidade do reforço da presença africana no seio das Nações Unidas e advogando por uma melhor representatividade nas instituições multilaterais internacionais.
Por último, as partes enalteceram o papel que os chefes de Estado angolano , João Lourenço, Campeão para Paz e Reconciliação em África, e egipcio, Abdel Fattah El Sisi, Campeão para a Reconstrução e Desenvolvimento Pós-Conflito, jogam na contribuição para uma África pacífica e livre de conflitos.FMA/ART