Luanda - O segundo comandante-geral da Polícia Nacional (PN), António Candela, reafirmou, nesta segunda-feira, em Ponta Negra (República do Congo), o empenho de Angola na manutenção da estabilidade na fronteira comum.
O responsável, que falava durante a cerimónia de abertura da sessão de peritos entre os dois países, sublinhou o empenho de Angola para manter a fronteira comum segura e estável.
"As relações de cooperação entre Angola e Congo remontam aos primórdios da luta de libertação nacional, do jugo colonial dos dois países, reforçadas pelos laços de fraternidade, irmandade, solidariedade e boa vizinhança", ressaltou o responsável.
António Candela lembrou as vantagens de encontros do género, tendo acrescentado que servem "para limar arestas no âmbito da segurança".
Na sua intervenção, António Candela referiu que as instituições que compõem a delegação angolana continuam determinadas em trabalhar com as suas congéneres congolesas.
A intenção é promover e realizar acções que visam a segurança e a estabilidade na fronteira comum, a troca de informações em benefício dos dois países limítrofes.
Em Fevereiro deste ano foi assinado, em Luanda, um memorando de intenções do Protocolo sobre a Luta contra a Criminalidade Transfronteiriça e Terrorismo.
O documento vai ser apreciado na reunião que decorre em Ponta Negra, com o foco na criação de uma comissão mista e permanente de defesa e segurança.
A agenda do encontro prevê, igualmente, a análise sobre a viabilidade da celebração de um acordo de cooperação em matéria de assistência mútua aduaneira.
Integram a comitiva angolana, entre outros responsáveis, o secretário de Estado da Defesa Nacional, José de Lima, e a secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça.
Angola e a República do Congo partilham uma fronteira comum de 201 quilómetros, sendo o contrabando de combustíveis, proveniente do primeiro, uma das principais preocupações registadas nas relações entre os dois Estados, que é afectada igualmente pela pesca ilegal.