Luanda – O ministro das Relações Exteriores, Téte António, defendeu, domingo, em Luanda, que a União Africana deve optar pelo princípio da resolução pacífica dos conflitos para silenciar as armas no Continente.
O chefe da diplomacia angolana manifestou esta posição quando falava, em representação do Presidente da República, João Lourenço, na 14ª Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), que decorreu sob o tema “Silenciar as Armas em África”, por vídeo-conferência, a partir de Joanesburgo, África do Sul.
Em relação ao conflito no Sahara Ocidental, defendeu a via negocial na procura de uma solução mutuamente aceite.
O ministro reafirmou o engajamento de Angola na luta contra todos os flagelos que afectam a paz, a estabilidade e o desenvolvimento do continente africano, realçando que o combate ao terrorismo deve constituir uma das prioridades da acção colectiva.
Por outro lado, Téte António reiterou a proposta do Chefe de Estado angolano para a realização de uma Cimeira Extraordinária da União Africana sobre o terrorismo.
Enfatizou que a paz e a segurança em África constituem desafios que requerem cada vez mais engajamento e concertação dos Estados, a nível da UA, com vista a abordar com profundidade as causas dos conflitos que continuam a assolar o continente e identificar as vias e meios adequados para a sua resolução.
“Ao assumir, em Novembro de 2020, a presidência rotativa da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), Angola pretende contribuir para a implementação dos mecanismos existentes para o fortalecimento das instituições dos Estados-membros da CIRGL de forma a alcançar soluções para os conflitos que ainda persistem nesta região.
Participaram igualmente no encontro o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, o secretário de Estado para a Defesa Nacional, José de Lima, a secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, e o comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida.