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Angola defende cooperação mais dinâmica na CPLP

     Política              
  • Luanda • Domingo, 27 Agosto de 2023 | 14h39
Presidente da República, João Lourenço
Presidente da República, João Lourenço
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São Tomé (Dos enviados especiais) - O Presidente da República, João Lourenço, defendeu este domingo uma "cooperação funcional" entre os Estados-membros da CPLP, tendo em vista responder melhor às expectativas da comunidade.

O Estadista angolano expressou esse ponto de vista durante o discurso na cerimónia de abertura da XIV Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). 

Na sua intervenção, o Presidente angolano reafirmou a necessidade de se tornar a organização cada vez mais sólida e actuante nos diferentes domínios. 

Quanto aos dois anos em que Angola esteve à frente da presidência rotativa da Comunidade, o Presidente João Lourenço disse terem sido marcados por acções alinhadas com o tema  “Construir e Fortalecer um Futuro Comum e Sustentável”. 

Trata-se do tema escolhido para o mandato de Angola, sendo que na esteira desse lema foram lançadas as bases para a expansão do mercado intercomunitário e a promoção de iniciativas que visam o reforço da cooperação económica ao nível dos Estados-membros. 

O Chefe de Estado destacou entre as acções realizadas, durante a presidência angolana, a Reunião conjunta dos ministros da Economia, Comércio e Finanças, bem como o Fórum das Agências de Promoção do Comércio e Investimento da CPLP. 

João Lourenço destacou, igualmente, a realização do 8º Encontro da Rede Lusófona da Concorrência e o diálogo sobre pequenos negócios e empreendedorismo da CPLP, que visa dar  forma e conteúdo ao pilar económico da Comunidade. 

Lembrou que ao nível do Secretariado Executivo foi criada a Direcção dos Assuntos Económicos e Empresariais, que terá por função cuidar da definição de políticas e planos de acção de suporte ao 4.º objectivo geral da organização.

Durante o discurso, o Presidente da República considerou importante a eliminação das barreiras ainda existentes, na prática, na CPLP, e que dificultam a cooperação económica entre os Estados da organização.

O Chefe de Estado angolano defendeu acção conjunta para mobilizar recursos financeiros e materiais que permitam "crescer juntos", como uma comunidade solidária e com espírito de "verdadeira irmandade de Estados".

“Isso só será possível se conseguirmos, de facto, assegurar uma mais fácil mobilidade dos nossos cidadãos no espaço CPLP de forma legal, por via da supressão ou da simplificação do processo de vistos", sublinhou. 

Disse tratar-se de vistos de entrada aos cidadãos que preencham os requisitos que venham a ser estabelecidos,  a fim  de corresponder à expectativa de cada Estado.

Na ocasião, enalteceu o crescente número de países e organizações internacionais que manifestam interesse em se filiar na CPLP, o que considerou "obra notável".

O Presidente da República sugeriu o aperfeiçoamento do funcionamento da organização e da sua articulação com os seus parceiros.

Essa estratégia visa colher benefícios que incidam sobre a melhoria de condições gerais de vida das populações e mostrar que valeu a pena trilhar o caminho conjunto.

João Lourenço valorizou o contributo da CPLP, na ajuda ao povo de Moçambique, no quadro dos "problemas de instabilidade" enfrentados na região de Cabo Delgado.

A força da solidariedade e os seus efeitos, prosseguiu o Presidente angolano, ficaram demonstrados em Moçambique, pela forma como foi possível mitigar as dificuldades.

Referiu também que no caso de Moçambique, a força da solidariedade permitiu conter, em grande medida, organizações terroristas que ameaçavam perigosamente a estabilidade, a segurança e a ordem.

Quanto ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, reafirmou  a “condenação à agressão e ocupação de territórios de um Estado soberano" e sublinhou a "necessidade de se pôr fim à guerra".

O Chefe de Estado angolano voltou a sugerir que a resolução de diferendos se faça pela por via negocial, com vista ao estabelecimento de uma paz duradoura.

No encontro que decorre na capital de São Tomé e Príncipe, João Lourenço referiu, de igual modo, a situação de instabilidade que prevalece no Leste da Republica Democrática do Congo (RDC).

O Presidente angolano falou também  sobre a situação no Sudão, na República Centro-Africana (RCA) e na região do Sahel, onde as mudanças inconstitucionais de governos representam uma séria preocupação.

Na busca de soluções para a situação na RDC e RCA, disse que Angola tem procurado agir com persistência no quadro da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).

Quantos aos dois Estados (RDC e RCA), adiantou que na sequência da acção de Angola e outros actores regionais, tem-se registado uma "apreciável melhoria" na redução da tensão político-militar nessas zonas.

Apelou, entretanto, a  um pouco mais de esforço e, com a participação coerente de todas as partes envolvidas nesses conflitos, alcançar uma paz duradoura. JFS/AL/ADR 



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