Luanda - Angola condenou, este domingo, o golpe de Estado ocorrido, na sexta-feira, 30 de Setembro, no Burkina Faso.
Numa declaração sobre a situação sócio-política no Burkina Faso a que a ANGOP teve acesso, o Presidente da República, João Lourenço, condena o golpe de Estado e exorta os seus autores a facilitarem o trabalho das actuais autoridades de transição, voltado para o cumprimento do cronograma de transição, que prevê o regresso à ordem constitucional até ao dia 1 de Julho de 2024.
O estadista angolano apela ao bom senso em prol do bem-estar do Burkina Faso, da região do Sahel e da África no geral, e reitera a solidariedade do povo angolano neste período de profunda instabilidade política.
“A República de Angola continua a acompanhar de perto a situação no Burkina Faso e predispõe-se a providenciar o auxílio necessário para contribuir na erradicação dos ciclos de instabilidade política em África, que retardam, sobremaneira, o desenvolvimento sustentável do nosso continente”; lê-se no documento.
Na última sexta-feira, foram registados tiros perto de um campo militar na capital do Burkina Faso (Ouagadougou), explosão perto do Palácio Presidencial e interrupções na programação da televisão estatal. De noite, soldados fardados, armados e usando máscaras apareceram na televisão para confirmar a destituição do Presidente Paul-Henri Damiba, dando conta do segundo golpe de Estado neste país africano, no corrente ano.
O Burkina Faso é um país africano limitado a Oeste e a Norte pelo Mali, a Leste pelo Níger, e a Sul pelo Benim, pelo Togo, por Ghana e pela Côte d´Ivoire.