Luanda - Angola está empenhada na busca de soluções para os problemas que ainda bloqueiam o caminho em direcção ao progresso de África, afirmou esta quarta-feira, em Nova Iorque, o ministro das Relações Exteriores, Téte António.
De acordo com uma nota de imprensa, o governante teceu tais declarações durante um encontro de trabalho que manteve com a secretária-geral-adjunta das Nações Unidas, Amina Mohammed, na sede da organização, tendo destacado que as soluções visam alcançar o progresso social, económico, científico, técnico e tecnológico de África.
Ao debruçar-se sobre a Presidência angolana na União Africana (UA), que acontece a partir do próximo mês de Fevereiro, o ministro disse que Angola apresentará uma visão unificadora entre todas as nações do continente, ”com base no interesse em buscar soluções que contribuam,o máximo possível, para acabar com os conflitos que persistem em África.
Salientou que o país também está determinado a trabalhar em estreita colaboração com a ONU e outros parceiros para promover a integração, estabilidade e desenvolvimento do continente.
Por seu turno, Amina Mohammed elogiou o papel do Presidente João Lourenço, na sua qualidade de mediador designado pela UA para facilitar a normalização das relações entre a República Democrática do Congo e o Ruanda, na busca da paz e da segurança na região.
Reunião
A ocasião serviu, igualmente, para passar em revista aspectos ligados ao reforço da cooperação entre o Governo angolano e as Nações Unidas, em matéria de desenvolvimento.
Os interlocutores abordaram, ainda, questões relacionadas com os eventos de alto nível das Nações Unidas programadas para o ano em curso, com destaque para as conferências sobre Financiamento para o Desenvolvimento (FfD4), de 30 de Junho a 03 de Julho, em Sevilha (Espanha) e sobre os Oceanos, de 09 a 13 de Junho, em Nice (França).
No encontro, o chefe da diplomacia angolana enalteceu o engajamento de Amina Mohammed em impulsionar esforços globais para acelerar a Agenda 2030 e garantir a implementação do Pacto para o Futuro.
Considerou o acordo histórico, que busca abordar muitos dos desafios urgentes da actualidade, em todos os pilares das Nações Unidas.
Sobre as conferências, realçou que Angola atribui grande relevância a esses dois eventos, em particular, sublinhado que o FfD4 oferece uma oportunidade única para reestruturar o financiamento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Augurou que se discutam questões críticas sobre a lacuna de financiamento internacional, políticas fiscais mais fortes, combate a fluxos financeiros ilícitos, sustentabilidade da dívida e a reforma da governança do sistema financeiro global.
Com relação à cimeira sobre os oceanos, considerou de extrema importância para o país, uma vez que parte significativa da população vive no litoral e depende dos oceanos para sobreviver. VIC