Nova Iorque – O Representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, Francisco José da Cruz, assume, desde terça-feira última, a Presidência Rotativa do Grupo Africano nesta organização internacional.
Ao presidir a primeira reunião de coordenação do Grupo, ocorrida quinta-feira (4 de Abril), Francisco José da Cruz enalteceu a oportunidade de servir como Presidente do Grupo Africano durante o mês de Abril, e de conduzir a reunião nesta qualidade, numa data muito histórica em que a República de Angola celebra 22 anos de paz e estabilidade, indica uma nota de imprensa enviada esta sexta-feira à ANGOP.
Elogiou a liderança do seu antecessor, Representante Permanente da República do Uganda, Adonia Ayebare, que coordenou o Grupo durante o mês de Março, e prometeu não poupar esforços para manter o empenho e dinamismo, beneficiando da sua experiência e conhecimento.
A este respeito, disse que reunirá com os Coordenadores do Grupo Africano dos diferentes comités da Assembleia Geral das Nações Unidas para obter uma avaliação detalhada dos assuntos de extrema importância para o Grupo e discutir acções que o presidente precisa empreender para promover e defender os interesses do Grupo.
O diplomata aproveitou a ocasião para felicitar o embaixador da RDC Zénon Mukongo, pela nomeação da primeira mulher Primeira-Ministra do seu país a 1 de Abril.
Na mesma senda, felicitou o embaixador Cheik Ninag do Senegal pelas eleições pacíficas e transparentes, que culminaram com a tomada de posse do presidente mais jovem de África no dia 2 de Abril do ano em curso.
Enquanto presidente do Grupo Africano, Angola terá, entre outras, a responsabilidade de presidir as reuniões semanais do grupo, representar os Estados Africanos em vários encontros, proferir discursos em nome da região, assim como sugerir um programa de trabalho para o mandato.
A Agenda de trabalhos prevê discussões de coordenação de posições e estratégias para afirmação da posição do grupo nos processos em curso sobre a Cimeira do Futuro, Pacto Digital Global, Processo Intergovernamental para a Reforma do Conselho de Segurança e Financiamento do Sistema de Coordenadores Residentes da ONU.
Estão também previstas prelecções por parte de entidades da União Africana e do sistema das Nações Unidas sobre temas de interesse do Grupo.
O Grupo Africano é o maior nas Nações Unidas.
Encontro com a Representante Especial do Secretário-Geral da ONU
Francisco da Cruz manteve, esta semana, um encontro com o representante especial do Secretário-Geral da ONU para a Violência Contra as Crianças, Najat Maalla, de quem recebeu a informação de que este efectuará um périplo aos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), de 8 a 17 de Abril do corrente ano.
Najat Maalla aproveitou a ocasião para felicitar Angola na sua qualidade de presidente em exercício da SADC, contando com o apoio do país para a realização da Conferência Ministerial sobre Violência Contra Crianças, a ter lugar em Bogotá, Colômbia, de 7 a 8 de Novembro de 2024.
Informou que a visita a Angola consta da segunda fase da sua digressão à região da SADC a realizar-se em Agosto do ano em curso .
Em Angola, Najat Maalla prevê realizar uma série de reuniões de alto nível com entidades do governo e principais actores no combate contra violência infantil, realçando a oportunidade para identificar, acelerar e ampliar as práticas e acções promissoras existentes para prevenir e responder à violência contra as crianças no país e na sub-região.
A Representante Especial do Secretário-Geral para a Violência Contra as Crianças é uma defensora independente dos direitos das crianças, que trabalha globalmente para prevenir e eliminar todas as formas de violência infantil. Estabelece conexões e catalisa acções em todas as regiões, sectores e ambientes onde a violência contra crianças pode ocorrer.
As suas actividades incluem a organização de consultas de especialistas para compreender as causas fundamentais e os factores de risco da violência; publicar estudos temáticos estratégicos para prevenir e responder à violência contra crianças; avaliar o progresso na implementação das recomendações do Estudo das Nações Unidas; informar anualmente sobre o progresso na protecção das crianças contra a violência e acompanhar a resposta da ONU à pandemia no contexto das crianças. ART