Luanda - A Inspecção-Geral da Administração do Estado (IGAE) de Angola assumiu, esta quarta-feira, em Luanda, a presidência rotativa do Fórum das Inspecções Gerais dos Estados Africanos (FIGE), por um período de dois anos.
O FIGE é uma plataforma criada em 2006, em Djibouti, com o objectivo de reforçar o intercâmbio e a cooperação entre os Estados africanos em matéria de controlo interno administrativo.
A instituição internacional tem como objecto social garantir, igualmente, a uniformização dos procedimentos inspectivos dos órgãos superiores de controlo interno do continente, sendo que Angola é membro desde 2009.
De acordo com o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, que falava na 9ª Assembleia-geral do FIGE, a corrupção é um mal que corrói as sociedades, mina as instituições, destruindo a sua credibilidade e atrasa o desenvolvimento dos países.
Referiu que os Estados africanos enfrentam dificuldades complexas para a resolução dos problemas das populações e a corrupção é um elemento que contribui para um maior atraso na sua resolução.
Desta forma, disse ser necessário que os Estados invistam, cada vez mais, no combate à corrupção, desde logo criando instituições fortes, credíveis e capazes de funcionar com a missão para a qual são criadas.
Sublinhou que Angola tem uma experiência neste domínio que pode ser transmitida, sobretudo com os avanços desde 2017, que se verificam com a investidura do Presidente João Lourenço.
“Não só no patamar da corrupção, mas também na recuperação de activos, bem como na diminuição da sensação de impunidade como mal associado à corrupção”, disse.
Para o Inspector-Geral do Estado, João Manuel Francisco, o momento representa não apenas oportunidade para reforçar os laços de cooperação entre os países, mas também um marco importante para consolidar o princípio da boa governação, transparência e da integridade do exercício das funções inspectivas a nível do continente.
No seu entender, “é grande a responsabilidade que cabe ao país, sendo que o sucesso das acções dependerá da capacidade de criação de um ambiente de confiança entre os Estados e os cidadãos”.
Fez saber que Angola assume a presidência num momento crucial para administração pública, numa altura em que contínua engajada na implementação de boas acções inspectivas, assim como na criação de estratégias no combate à corrupção.
Durante três dias de actividade, a 9ª Assembleia-geral da FIGE decorre sob o tema “A luta contra a corrupção e branqueamento de capitais – investigação, repressão e cooperação”. MGM/SC