Luanda – Angola assinala, nesta segunda-feira, 15 de Março, o 60º aniversário da Expansão da Luta de Libertação Nacional, que culminou com a conquista da Independência do país, a 11 de Novembro de 1975.
Os acontecimentos do 15 de Março de 1961 marcaram o alargamento da luta armada contra o colonialismo português, iniciada a 4 de Fevereiro de 1961.
A efeméride foi instituída a 10 de Agosto de 2018, na sequência da aprovação, pelo Parlamento angolano, da Proposta de Lei de Alteração à Lei dos Feriados Nacionais, Locais e Datas de Celebração Nacional.
Enquadrado nas Datas de Celebração Nacional, o Dia da Expansão da Luta de Libertação Nacional serve para lembrar os ataques perpetrados por angolanos afectos ao embrião da União dos Povos de Angola (UPA), no Norte do país.
Naquela acção, foi desencadeada uma vaga de ataques no Norte de Angola, que visou esquadras policiais, postos administrativos e fazendas de colonos portugueses, onde trabalhavam, em péssimas condições, angolanos contratados.
Do acto resultou a morte de centenas de colonos nas regiões dos Dembos e Nambuangongo, na província do Bengo, e na fronteira com o ex-Zaíre, actual República Democrática do Congo.
A natureza violenta desses actos deu azo a que o presidente do Conselho de Ministros do governo do Estado Novo (Portugal), António de Oliveira Salazar, ordenasse uma repressão sobre qualquer movimento nacionalista e as populações indefesas angolanas.
Para o efeito, foram enviados destacamentos militares para os territórios de forte acção da UPA, que teve como bastião a região de Nambuangongo.
A acção, de que resultou a morte de cerca de 800 pessoas, entre portugueses e angolanos, suscitou o envio, em massa, de militares para Angola, no que tornou célebre a frase então pronunciada por Salazar: “Para Angola todos e em força”.
No dia dos referidos ataques, António de Oliveira Salazar ordenou a partida de quatro companhias de caçadores para reforço da guarnição de Angola.