Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, sexta-feira, em Luanda, que o Governo angolano tem em curso medidas para atrair mais negócios e investimentos dos Estados Unidos da América (EUA).
Segundo o Chefe de Estado angolano, que participava, por vídeoconferência, numa mesa redonda do Conselho Consultivo do Presidente dos EUA sobre negócios em África, “Angola tem dado um grande destaque à relação com a comunidade de negócios norte-americana”.
Adiantou que desta relação Angola espera investimentos importantes, para ajudar a impulsionar a sua economia e o seu desenvolvimento.
“As histórias de Angola e da América encontram-se interligadas desde que chegaram os primeiros escravos africanos à América do Norte, mais concretamente a Jamestown (Virgínia), saídos de Angola”, sublinhou o estadista angolano.
Disse que o Executivo, por si liderado, está a empreender um “enorme esforço” para transformar a economia e encorajar o investimento privado e a livre iniciativa.
João Lourenço destacou a importância que o Governo angolano tem dado ao reforço do compromisso com a democracia, a transparência, o combate à corrupção e à defesa dos direitos humanos.
Referiu que “a implementação destas reformas não tem sido fácil, mas é necessária e vital para o futuro do povo angolano”.
“À medida que as realizamos vamos estabelecendo parcerias estratégicas com várias nações do mundo, com crescente interesse para os Estados Unidos da América”, sublinhou.
Manifestou-se satisfeito por existir um intercâmbio, cada vez mais dinâmico, entre Angola e os Estados Unidos da América, bem como reconheceu o bom nível actual das relações bilaterais.
“A cooperação entre ambos países tem-se revelado exemplar no que se refere à forma como os Estados Unidos da América se têm empenhado em ajudar Angola a superar muitos dos seus desafios”, destacou.
Neste capítulo, reconheceu a ajuda que os EUA têm prestado a Angola, como primeiro doador individual de equipamentos de remoção de minas implantadas no território nacional.
Sobre a relação Angola-EUA
Os EUA e Angola estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993. O sector da energia está no centro das relações angolano-americanas.
Desde 2002, os objectivos da política externa dos Estados Unidos da América em Angola têm sido promover e fortalecer as instituições democráticas, promover a prosperidade económica, melhorar a saúde e consolidar a paz e a segurança.
Os EUA participaram ainda, em parceria com Angola, na remoção de minas terrestres.
O EximBank norte-americano dispõe de uma linha de crédito de apoio às exportações norte-americanas para Angola.
Por sua vez, a Câmara de Comércio Estados Unidos-Angola dedica-se à promoção do comércio e investimento entre os dois países.