Luanda - Angola apoia o reforço dos mecanismos de implementação da Agenda da Juventude, Paz e da Segurança das Nações Unidas de forma aumentar a participação nos processos de construção da paz e de desenvolvimento comunitário, assegurou esta quinta-feira, em Nova Iorque, a secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça.
A diplomata teceu estas considerações durante um evento paralelo com tema “Fazendo um balanço da declaração e plataforma de acção de pequim por meio da Implementação das agendas mulheres, Paz e Segurança (WPS) e Juventude, Paz e Segurança (YPS)”, realizado à margem da 69ª Sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, que decorre na sede da Organização das Nações Unidas(ONU).
Fez saber que em Angola, os jovens sempre estiveram na vanguarda dos processos que levaram o país à independência nacional, ao fim do conflito interno e ao reforço da unidade e reconciliação com a promoção de uma cultura de paz que valoriza o diálogo e a não violência.
Ao partilhar a experiência do país, referiu-se ao Primeiro Plano de Acção para a Implementação da Resolução 1325 de Angola (2017-2020), reconhecendo que a paz está intimamente ligada à igualdade entre mulheres e homens e ao desenvolvimento sustentável.
Segundo Esmeralda Mendonça, o Plano de Acção de segunda geração, em fase de finalização, aprofunda esta convicção e acrescenta a oportunidade para promover e reforçar o papel crescente da mulher como mediadora nos processos políticos e de paz regionais e define marcos e indicadores de progresso.
Ressaltou que as mulheres angolanas participam cada vez mais activamente na vida política nacional, representando, actualmente, 33% dos cargos no Governo (incluindo ministras de Estado) e 38% dos deputados à Assembleia Nacional.
“De notar que as mulheres ocupam as funções de Vice-Presidente da República, presidente da Assembleia Nacional e Presidente do Tribunal Constitucional”, reforçou.
Avançou que a Resolução 2250 coloca os jovens na agenda de sustentação da paz, reconhecendo o seu importante contributo para a sustentabilidade da paz e a prevenção da violência.
Destacou a importância estratégica das Agendas Mulher, Paz e Segurança (WPS) e Juventude, Paz e Segurança (YPS), face aos desafios e à complexidade do actual contexto internacional.
Esmeralda Mendonça sublinhou que os dois instrumentos visam conjugar esforços para a promoção, construção e manutenção da paz e na criação de sociedades mais justas e inclusivas.
Conforme a diplomata, as resoluções 1325 (WPS) e 2250 (YPS) apelam à necessidade da participação das mulheres e jovens em todos os processos de paz e resolução pacífica de conflitos, pelo que lhes deve ser concedido um maior espaço nas tomadas de decisão a todos os níveis.
O evento paralelo sobre as Agendas Mulheres, Paz e Segurança e Juventude, Paz e Segurança, coorganizado por Angola, Itália, Serra Leoa, UE e a ONU Mulher, proporcionou uma oportunidade para partilhar as experiências e as melhores práticas na implementação das referidas agendas nacionais. FMA/VIC