Luanda – O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, afirmou hoje, quinta-feira, que com actos pacíficos e reconciliadores, Angola advoga a promoção de processos de pacificação entre os Estados e excelentes relações bilaterais, sobretudo entre países vizinhos.
O ministro representou o Presidente da República, João Lourenço, no acto central do 35º aniversário da batalha do Cuito Cuanavale, ocorrida a 23 de Março de 1988.
Discursando na localidade do Cuito Cuanavale, província angolana do Cuando Cubango, o governante referiu que as acções de Angola contribuem para um processo de integração regional e continental harmonioso, com relações de cooperação e de parceria nos mais variados domínios, principalmente naqueles em que as valências de cada um podem contribuir para a criação de vantagens recíprocas.
“Não podemos esquecer que, hoje, uma das estratégias da SADC, é a de garantir o bem-estar económico, a melhoria dos padrões da qualidade de vida, a liberdade e a justiça social, preservar os alicerces inabaláveis do Estado Democrático e de Direito, a segurança para os povos e a integridade territorial dos países”, realçou o ministro de Estado.
Para Francisco Furtado, a batalha do Cuito Cuanavale conferiu à República de Angola a responsabilidade de contribuir para o processo de pacificação dos conflitos em África e na Região Austral, em particular.
Sobre a consagração do 23 de Março como “Dia da Libertação da África Austral”, o governante salientou ser a mais justa homenagem aos angolanos que se bateram para que Angola continuasse una e indivisível, exercendo a sua influência nos Estados da Região Austral de África e para criação de um ambiente de paz e estabilidade que permita a consolidação das democracias.
“São passados 35 anos da memorável Batalha do Cuíto Cuanavale, que celebrizou uma geração de inquestionáveis heróis da nossa pátria, cujo desempenho destes bravos combatentes angolanos nos inspirou na persecução da luta para a conquista da paz definitiva, abrindo assim uma nova página para o progresso e desenvolvimento da nossa pátria”, disse.
Disse que se precisa prosseguir com o trabalho de melhoria das condições de vida da população, para que se honrar e homenagear permanentemente os combatentes que não claudicaram diante da intenção do regime do apartheid de se perpetuar na região.
A batalha do Cuito Cuanavale aconteceu na localidade angolana com o mesmo nome, na província do Cuando Cubango, entre as extintas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), apoiadas por internacionalistas cubano, e as extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) afecta à UNITA, com o apoio militar do então regime sul-africano do apartheid.
A mesma decorreu de 15 de Novembro de 1987 a 23 de Março de 1988.
A vitória das FAPLA, tutelada pelo Governo angolano, criou as condições para independência da Namíbia, libertação de Nelson Mandela e a abolição do regime do Apartheid na África do Sul.
Actualmente, o 23 de Março é celebrado como Dia Internacional da Libertação da África Austral. OHA