Luanda – Angola conta com cinquenta e sete mil refugiados e requerentes de asilo, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) no país.
Estes dados vêm expressos numa nota do ministério das Relações Exteriores (Mirex) a que a ANGOP teve acesso esta quinta-feira, indicando que esta população é, em grande parte, composta por refugiados e requerentes de asilo da República Democrática do Congo (RDC), dos quais 17% registaram-se durante o afluxo em massa de 2017 do Grande Kasai.
Acrescenta igualmente que fazem também parte desta lista, cidadãos de outras nacionalidades, nomeadamente guineenses, marfinenses, mauritanos, somalis, sudaneses e eritreus.
Os dados foram avançados durante um encontro entre secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Custódio Vieira Lopes, e a representante residente do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Angola, Emmanuelle Nathalie Mitte, que serviu para as duas entidades abordarem questões ligadas aos refugiados.
A cooperação entre o Governo angolano e o ACNUR tem sido fundamental na busca de soluções sustentáveis para os desafios humanitários que afectam milhares de refugiados, segundo a nota.
O ACNUR está presente em Angola há mais de 40 anos e trabalha em plena parceria e coordenação com o Governo, fornecendo apoio para seguir e desenvolver políticas e legislações consistentes com os compromissos globais relacionados a refugiados, requerentes de asilo e apátridas.
As actividades do ACNUR em Angola visam apoiar o Governo para garantir que as pessoas que precisam de protecção internacional tenham acesso sem obstáculos ao território e à determinação do estatuto de asilo, registo, documentação e de refugiado.
O ACNUR também fornece assistência humanitária às populações deslocadas e comunidades anfitriãs para atender às suas necessidades básicas e ter acesso total a serviços essenciais e oportunidades de subsistência. FMA/SC