ANAM quer mais acções de sensibilização contra minas

     Política           
  • Cunene     Sexta, 05 Abril De 2024    20h07  
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Cartaz demonstrativo sobre riscos com minas no Cunene
Cartaz demonstrativo sobre riscos com minas no Cunene
Fabiana Hitalukua-ANGOP
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Coordenador da ANAN no Cunene, Mário Satipamba
Coordenador da ANAN no Cunene, Mário Satipamba
Fabiana Hitalukua-ANGOP

Ondjiva - O coordenador da Agência Nacional da Acção contra Minas no Cunene (ANAM), Mário Satipamba, considerou preocupante a situação de minas na província, requerendo uma aposta séria na consciencialização das comunidades para se evitar acidentes.

Em declarações, esta sexta-feira, à ANGOP, a propósito do Dia Internacional de Alerta às Minas Terrestres e Assistência à Desminagem, assinalado a 4 de Abril, o responsável defendeu, por isso, a revitalização das campanhas de sensibilização sobre os perigos de minas nas zonas rurais e suburbanas.

Informou que no Cunene estão catalogadas 33 áreas por desminar  em todos os municípios, onde o maior risco situa-se na comuna da Môngua, assim como são controladas 180 pessoas como vítimas de minas.

“Temos muitas minas, engenhos e abuses espalhadas abandonados por vários exércitos que passaram pela província ao longo das diferentes épocas de conflitos armados”enfatizou.

Desta feita, disse que o órgão central prevê para os próximos dias, entregar material demonstrativo, para revitalizar o programa de sensibilização sobre o risco de minas, uma acção que vai contar com o envolvimento das autoridades tradicionais.

Mário Satipamba disse que a província está há mais cinco anos sem este tipo de cartazes, considerado fundamental para o reforço das acções de sensibilização sobre os perigos de minas e outros engenhos explosivos, que tem vitimado muitas pessoas sobretudo na zona rural.

Disse que actualmente o trabalho é desenvolvido pelas operadoras de desminagem que, de forma pontual, desenvolvem as acções de educação das comunidades e previnem a população dos eventuais acidentes com minas.

Fez saber que durante o ano de 2023, foram sensibilizadas quatro mil e 680 pessoas sobre prevenção de engenhos explosivos, destas duas mil e 943 crianças e mil 737 adultos, visando a redução de acidentes com minas.

Apelou a população no sentido de colaborar permanentemente na denúncia em caso de encontrarem algum objecto estranho, visto que alguns por desconhecimento ao se depararem com engenhos explosivos tentam bater para retirar o mercúrio que não existe.

Fase as dificuldades em termos financeiros, de transporte e questões logística, disse que a ANAM continua a desempenhar o seu papel na supervisão das actividades dos órgãos ligados ao processo de desminagem.

Vítimas de minas no Cunene

De realçar que no passado dia 27 de Março do corrente ano, um jovem de 21 anos de idade morreu, na comuna do Chiedi, município de Namacunde ,  em consequência da deflagração de um engenho explosivo do tipo morteiro 60 milímetros.

Na comuna da Môngua, em Fevereiro de 2022, três pessoas da mesma família que trabalhavam numa lavra morreram e duas ficaram feridas, vítimas de uma mina anti-tanque.

Em 2020, outras cinco pessoas morreram vítimas da explosão de uma mina anti-tanque, quando circulavam numa picada a caminho de casa,  numa moto de três rodas.

Durante o ano findo, foram recolhidos no Cunene 47 minas anti tanques, uma antipessoal, 122 engenhos explosivos, 229 munições e oito mil 701 metais diversos, permitindo a limpeza de quatro milhões, 592 mil metros quadrados.

Na província existem 32 zonas suspeitas de minas, nos municípios do Cuanhama (11), Cahama (10), Cuvelai (seis), Ombadja (quatro) e Curoca (uma), que correspondem uma área total de um milhão, 719 mil e 355 metros quadrados.

Actualmente a província conta com três operadoras de desminagem, concretamente a Brigada das Forças Armadas Angolanas, Polícia de Guarda Fronteira e o Centro Nacional de Desminagem (CND).

O Dia Internacional de Consciencialização sobre os Perigos das Minas Terrestres assinala-se, anualmente, a 4 de Abril.

A data foi criada através da resolução 60/97 da Assembleia Geral das Nações Unidas, a 8 de Dezembro de 2005.FI/LHE/ART 

 





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