Luanda – O analista político Osvaldo Mboco aconselhou a sociedade civil a envolver-se mais nas políticas públicas, apresentando ao parlamento projectos de leis importantes para vida socioeconómica do país.
Em declarações à ANGOP, a propósito da abertura do ano parlamentar, a 15 deste mês, Osvaldo Mboco referiu que a sociedade civil pode servir de "apadrinhamento" de um grupo parlamentar, apresentando relatórios de análises, pesquisas sobre determinados assuntos que se quer ver resolvidos a nível do parlamento.
De acordo com especialista, os grupos parlamentares devem abraçar as grandes iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil, por forma a que os parlamentares estejam mais próximos dos cidadãos e incorporem as suas ideias.
Por sua vez, o reverendo Ntony-A-Nzinga defendeu a efectiva participação e maior pronunciamento dos cidadãos nas decisões que determinam os seus destinos.
Para si, é imperioso que se envolvam os cidadãos angolanos nas acções do Governo, sem no entanto, serem " capturada pelos militantes dos partidos com maior influência".
Por seu turno, o secretário-geral da Associação Juvenil de Apoio às Comunidades (AJACOM), Watuzemba Frederico, observou que os “novos tempos exigem novos comportamentos e, deste modo, augura por uma governação participativa e inclusiva de facto.
Frisou que uma governação à distância apresenta resultados confusos e sem nitidez, "pois os verdadeiros ilustres são aqueles que os elegeram, e no entanto, precisam de voz e vez nas preocupações que os afligem durante os 365 dias".
Segundo o Regimento Interno da Assembleia Nacional, os cidadãos ou entidades da sociedade civil no exercício dos direitos fundamentais consagrados constitucionalmente, podem, por escrito ou oralmente, emitir opiniões, sugerir emendas e alterações aos projectos e propostas de Lei, em discussão.
Para o efeito, basta contactarem, de forma organizada, a Assembleia Nacional, quer através dos Deputados quer através dos Grupos Parlamentares ou das Comissões de Trabalho Especializada.
A mensagem sobre o estado da Nação, a ser proferida pelo Chefe de Estado, como prevê a Constituição angolana, será o ponto alto da reunião solene de abertura do 3º ano legislativo da V legislatura, que acontece terça-feira (15).MGM/ART