Malanje- O analista político Macedo Dembo considerou hoje, em Malanje, que Angola e os Estados Unidos da América (EUA) enfrentam desafios prementes de cooperação, sobretudo nos domínios político, cultural e económico, depois dos acordos firmados no âmbito da visita do presidente Joe Biden ao país.
Segundo o também especialista em relações internacionais, esses desafios devem-se ao facto de a comunidade internacional estar atenta à concretização dos acordos, por se tratar de garantias de investimentos da maior potência mundial, dadas pelo próprio presidente americano.
Realçou que o anúncio de Joe Biden de investimentos de 600 milhões de dólares norte americanos adicionais para a expansão de infra-estruturas agrícola, construção de redes móveis de alta velocidade e outras iniciativas para o Corredor de Lobito, é um exemplo dos desafios que o mundo espera ver concretizado e que constitui responsabilidade de Angola criar condições para que este e outros investimentos cheguem e sejam bem geridos para desenvolver a economia do país.
Entretanto, frisou que o projecto de energia solar, que prevê ajudar o país a gerar 75 por cento da sua energia limpa até ao próximo ano, são entre outros benefícios directos que os angolanos terão fruto da visita do estadista americano.
Por sua vez, o economista Dongala Canga é de opinião que a vinda de Biden a Angola traz vantagens nos domínios da diplomacia e da economia, na medida em que o país precisa de bens e serviços produzidos pelos EUA e os investimentos destinados ao Corredor de Lobito.
Realçou que estes investimentos vão aumentar a empregabilidade, diversificar a economia nacional e estimular o intercâmbio empresarial, cujos ganhos devem ser recíprocos, para que os Estados Unidos da América continuem a se interessar com as relações com Angola.
Por outro lado, o economista realçou que com o investimento americano, Angola precisa dar um exemplo de probidade pública, combatendo os males que enfermam a economia e o país possa trilhar para o desenvolvimento e granjear confiança da comunidade internacional.
A visita de três dias do presidente Joe Biden a Angola visou o reforço da cooperação bilateral entre ambos os países e culminou com uma deslocação à província de Benguela, última etapa da sua agenda. NC/PBC