Luanda - O VIII Congresso Extraordinário do MPLA teve início esta segunda-feira, em Luanda, num ambiente de festa centrado em temas cruciais para o presente e o futuro da nação e ajustes pontuais aos estatutos do partido.
Entre os documentos submetidos ao Congresso Extraordinário, destaca-se o cronograma indicativo de acções para o congresso sob a tese “MPLA — da Independência aos Nossos Dias: O Desafio Futuro” e a aprovação do plano de comunicação e marketing do partido.
No Centro de Conferências de Belas, em Luanda, onde decorre o conclave, o ambiente é de alegria, com os mais de dois mil e 700 delegados provenientes das 18 províncias e da diáspora a entoarem canções a elogiarem os feitos do líder do partido, João Lourenço.
O ambiente de alegria no seio do partido "dos camaradas" iniciou muito cedo fora do recinto do conclave, em meio à uma chuva miudinha que apressava os congressistas a se instalarem na sala de reuniões, engalanada a preceito com as cores partidárias e imagens do líder do partido, João Lourenço.
No presidium do congresso pontificavam a vice-presidente e o secretário-geral do partido, nomeadamente Luísa Damião e Paulo Pombolo, os membros do Bureau Político, a Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, o delegado mais novo e o mais velho do congresso.
Ao entrar na sala de conferências, o líder do MPLA, João Lourenço, recebeu uma forte ovação dos dois mil e 794 delegados presentes no magno evento, que se realiza sob o lema "Servir o Povo e Fazer Angola Crescer".
Antes da mensagem da JMPLA, proferida pelo seu líder, Justino Capapinha, reviveram-se momentos da proclamação da independência nacional, da conquista da paz a 04 de Abril de 2002, da chegada de João Lourenço ao cargo de Presidente da República, da visita do Chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, a Angola, entre outros atrativos.
Justino Capapinha aproveitou a ocasião para oferecer uma obra de arte ao Presidente do MPLA, João Lourenço, de autoria do artista plástico João Mayembe, que conceptualmente inspira-se nos símbolos e formas tradicionais.
A obra é uma peça genuína que foi esculpida em retalhos de madeira e no meio a mulembeira em aço e em ferro.
Na peça, as raízes representam a unidade e coesão e a mulembeira, como tradicionalmente é conhecida em África, é o local onde os mais velhos reúnem a comunidade e os jovens para dar solução a um determinado problema.
"Com essa peça, quisemos retratar o nosso líder a orientar o seu povo e a juventude para o caminho que se deve seguir", enfatizou Justino Capapinha.
Momento cultural
O momento cultural iniciou com um encontro de gerações, com Santos Júnior e Yola Semedo a fazerem um dueto com a música em kimbundo intitulada "athu munjila", seguido de Carlos Lamartine e Zeca Moreno e, finalmente, Matias Damásio com a música "MPLA avança", que recebeu uma forte ovação dos congressistas.
Presenciaram a cerimónia de abertura, presidida pelo Presidente do MPLA, João Lourenço, representantes do corpo diplomático, dos partidos políticos (PRS e PHA), autoridades tradicionais, entre outros convidados.
O conclave decorre à porta fechada e discute assuntos como a avaliação do funcionamento da organização, os desafios político-eleitorais e o desenvolvimento económico e social do país.
O congresso, que termina terça-feira, é visto como uma oportunidade para o MPLA reafirmar seu compromisso com o povo angolano e adaptar-se aos novos desafios.DC/VIC