Caála - O administrador do município da Caála, Rúben Isaías Etome, destacou, esta quarta-feira, os ganhos da paz no alargamento dos equipamentos sociais económicos, que estão a orgulhar a população local.
O gestor municipal falava no acto antecipado dos 22 anos de Paz e Reconciliação Nacional, que se assinalam quinta-feira, sob o lema “4 de Abril, juntos para o crescimento inclusivo do país”.
Na ocasião, Rúben Etome apontou, entre os benefícios, a construção da centralidade Fernando Faustino Muteka, com quatro mil e uma moradias, a expansão da rede de distribuição de energia eléctrica, incluindo nas sedes comunais da Calenga, Catata e Cuima, por via do sistema interligado à barragem de Laúca, na província de Malanje, bem como de centrais térmicas.
Mencionou, igualmente, a edificação de infra-estruturas escolares, de ensino técnico-profissionais e sanitárias, para além da colocação, pela primeira vez, de asfalto nas sedes comunais.
Fruto da paz, acrescentou, o município da Caála registou avanços na rede de distribuição de água potável, tanto no casco urbano, como na periferia, com a implementação de 152 pontos de água, dos quais 39 sistemas de tratamento colocados à disposição das comunidades locais.
Rúben Etome disse que a paz trouxe um “grande ganho” no domínio da formação académica, com a efectivação do primeiro Instituto Superior Politécnico que, embora seja privado, têm contribuído na formação de vários jovens.
O administrador falou, também, dos ganhos no domínio da assistência social, com apoio aos grupos organizados, com destaque para as associações e cooperativas de camponeses, com foco no fomento ao agro-pecuário e agro-industrial, para a promoção do desenvolvimento sustentável.
Realçou o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), o Programa de Combate à Pobreza, o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), entre outras iniciativas públicas e privadas, como outros factores que têm contribuído para o bem-estar da população em tempo de paz e reconciliação nacional.
A título de exemplo, disse que o programa de Combate à Pobreza e FADA, permitiram, na primeira época agrícola 2023/2024, a distribuição de 380 toneladas de fertilizantes, para mais de 31 mil famílias, com vista a dinamização da actividade agrícola.
Por via dessas iniciativas do Executivo, acrescentou, o município tem registado o fomento do cultivo do trigo, com uma área de 800 hectares, que envolvem 605 produtores, com vista a responder às necessidades do sector industrial.
Nesta perspectiva, o administrador Rúben Etome apelou ao engajamento de todas as forças vivas da sociedade, com destaque aos partidos políticos, igrejas, autoridades tradicionais, organizações da sociedade civil, nas acções voltadas para a preservação da paz, reconciliação nacional e amor à Pátria angolana.
Afirmou que a paz constitui alicerce sobre o qual os angolanos devem construir as suas vidas, tendo em atenção o bem comum e a preservação do património público.
Deste modo, reiterou esforços conjugados no processo de reedificação do município, assim como no combate à vandalização dos bens públicos, que têm se intensificado nos últimos anos.
Presenciaram o acto comemorativo ao Dia da Paz e Reconciliação Nacional, decorrido o anfiteatro do Instituto Superior Politécnico da Caála, representantes dos órgãos de Defesa, Segurança e Ordem Interna, magistrados judiciais e do Ministério público, membros de partidos políticos com assento no Parlamento, da sociedade civil, autoridades tradicionais, entidades religiosa, entre outros.
Recorde-se que o acto central das comemorações do Dia da Paz e Reconciliação Nacional acontece, quinta-feira, no pavilhão multiusos Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem, no interior da cidade do Huambo, sob presidência do ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, em representação do Chefe de Estado, João Lourenço.
A efeméride assinala 22 anos, desde que a 4 de Abril de 2002 as chefias militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) e das ex-forças da UNITA (FALA) rubricaram o Memorando de Entendimento do Luena, complementares aos Acordos de Lusaka, colocando fim a 27 anos de conflito armando. MLV/ALH