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ACNUR retoma repatriamento de refugiados da RDC

     Política              
  • Lunda Norte • Terça, 19 Julho de 2022 | 14h25
Campo de refugiados  (arquivo)
Campo de refugiados (arquivo)
Angop/Lunda Norte

Dundo – O repatriamento voluntário de refugiados da República Democrática do Congo (RDC), albergados no centro do Lóvua, província da Lunda Norte, desde 2017, suspenso em 2020, devido a Covid-19, retomou segunda-feira.

De acordo com uma nota do escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), enviado hoje, terça-feira, à ANGOP, no primeiro dia deste processo, sairam cerca  88 refugiados, um total de 18 famílias, e serão repatriados através das fronteiras do TcTchicolondo e Chissanda, em direção às províncias de Kasai, Kasai Central, Kwilu, Sankuru, Lomami, Lualaba e Kinshasa. 

Do outro lado da fronteira, vão ser recebidos pelo ACNUR, em conjunto com as autoridades da RDC e parceiros, que estão a trabalhar para criar condições para a reintegração destes refugiados.

Atualmente o assentamento do Lóvua controla sete (7) mil refugiados  , dos quais cerca de 10%  manifestaram a  intenção de regressar à RDC.

Segundo a nota, com o reinício do repatriamento voluntário, mais refugiados podem manifestar este interesse, acrescentando que o ACNUR trabalha para criar condições apropriadas para garantir que todos os refugiados que escolham retornar o façam de forma bem informada, voluntária, com segurança e dignidade.

Em Maio de 2017 um grupo inicial de 35 mil cidadãos da RDC chegaram à província da Lunda Norte, fugindo de actos de violência na zona do Kasai, uma crise que levou à declaração de uma situação de emergência.

Em 2019, devido à melhoria da situação na RDC, mais de 17 mil destes refugiados regressaram ao país de origem de forma espontânea, com meios próprios.

Nesse mesmo ano, depois de um acordo entre os governos de Angola, da RDC e o ACNUR, foi organizado um retorno voluntário, que levou ao regresso de 2.912 refugiados, de forma organizada.

No entanto, em Fevereiro de 2020, a operação acabou por ser interrompida, primeiro devido às más condições das estradas e da ponte sobre o rio Kasai e, mais tarde, devido à COVID-19 que levou ao encerramento das fronteiras entre os dois países.

O repatriamento está a ser organizado pelo ACNUR em conjunto com os governos de Angola e da República Democrática do Congo (RDC) e com a colaboração da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e parceiros. 





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