Dundo - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e o Governo angolano, estão a criar as condições para um novo repatriamento voluntário e organizado dos refugiados da República Democrática do Congo (RDC), assentados no Lóvua, província da Lunda Norte.
A informação foi prestada esta quarta-feira, no Dundo, pelo representante do ACNUR em Angola, Vito Trani, sublinhando que actualmente, decorre o processo de inquérito para se apurar quantos refugiados pretendem regressar ao país de origem.
Sem revelar números, disse que alguns refugiados já manifestaram o desejo de regressar e, tão logo esteja concluído o inquérito, o repatriamento voluntário e organizado será realizado.
Fez saber que tudo está a ser feito para que o mesmo aconteça ainda este ano.
O representante do ACNUR está na Lunda Norte com uma delegação do Governo americano, para um possível apoio financeiro, visado o reforço da reintegração socioeconómica dos refugiados que pretendem continuar no território angolano.
Durante a estadia na Lunda Norte , a delegação vai se inteirar das condições de acomodação dos refugiados, projectos socioeconómicos em curso no campo do Lóvua e posteriormente definir projectos a serem implementados no assentamento.
Em Maio de 2017 um grupo inicial de 35 mil cidadãos da RDC chegou à província da Lunda Norte, fugindo de actos de violência na zona do Kassai, uma crise que levou à declaração de uma situação de emergência.
Actualmente o ACUNUR controla 6.506 refugiados no campo do Lóvua e 2.826 na cidade do Dundo, o resto foi repatriado no país de origem. CMC/HD