Ondjiva- O professor universitário, Lúcio Ndinoite, advogou, esta quinta-feira, um estudo melhor do percurso político e histórico de António Agostinho Neto, no sentido de perpetuar o legado do fundador da nação angolana.
Em declarações à ANGOP, a propósito do 102 aniversário do primeiro Presidente de Angola, falou da necessidade dos jovens buscarem inspiração nos feitos de Neto, através da leitura e estudo dos poemas e discursos, consulta de fontes orais, a exemplo de várias figuras internacionais que inspiram a arena académica.
Disse que para perpetuar, enaltecer e exaltar o percurso histórico do fundador da Nação, é fundamental que a juventude vá buscar elementos necessários para a formação da personalidade de uma das figuras mais emblemáticas do país.
Realçou o facto de Agostinho Neto, ter deixado lições de vida práticas, que ainda prevalecem e podem ser materializadas no presente.
Para o docente, enquanto nacionalista, o Guia Imortal da nação foi uma figura que muito fez para despertar a consciência nacionalista para a luta de libertação nacional, num momento difícil da história.
Sustentou que através da poesia, Neto despertou a sensibilidade e a consciência nacional para que mais angolanos aderissem ao processo de libertação, que se estendeu em África.
No seu entender, a abordagem da descentralização e de redescobrimento do "Poeta maior" é ainda nova, pelo que "precisamos ter a coragem de voltar a evidenciar Agostinho Neto, pois ainda tem muitas lições de vida".
No âmbito da solidariedade internacional, apontou o lema segundo o qual “Na Namíbia, no Zimbabwe e na África do sul está a continuação da nossa luta”, que inspirou os angolanos a deram o seu apoio às organizações políticas que lutaram pela independência dos seus Estados, abolição do apartheid na África e a independência da Namíbia e do Zimbabwe.
No plano interno, realçou a criação de bases de desenvolvimento do país, assim como a luta contra o analfabetismo, de modo a garantir o nível de literacia que permitissem os angolanos participarem de forma consciente e aberta.
Outro sim, realçou o lançamento das bases do desenvolvimento económico, através da palavra de ordem segundo a qual “ o mais importante é resolver os problemas do povo “ e a “ agricultura é a base e a indústria o factor de desenvolvimento”, cujos lemas engajam todos os cidadãos a estar comprometidos com o bem-estar comum.
António Agostinho Neto nasceu em 17 de Setembro de 1922, em Kaxicane (Icolo e Bengo) e faleceu a 10 de Setembro de 1979.
Como primeiro Presidente de Angola, proclamou a independência do país do então jugo colonial português, a 11 de Novembro de 1975. FI/LHE/ART