Luena – A liderança de João Lourenço na presidência da União Africana (UA), a ser assumida em Fevereiro próximo, será marcada por desafios versados na promoção da paz e segurança no continente, vaticinou, esta terça-feira, no Luena (Moxico), o especialista em Relações Internacionais Jelson George.
O Presidente angolano, João Lourenço, assume, a partir do próximo mês de Fevereiro, a presidência rotativa da União Africana (UA).
Em declarações à ANGOP, para perspectivar o mandato de dois anos de Angola na liderança da maior tribuna política do continente, o académico apontou os vários conflitos internos que “assombram” o continente como o maior desafio de João Lourenço.
Enquanto Campeão da Paz em África, disse, João Lourenço tem a missão de buscar soluções das crises prevalecentes na República Democrática do Congo (RDC), Líbia, Sudão, Mali, Burkina Faso e outros mesmo.
Disse igualmente que João Lourenço vai assumir a responsabilidade de encontrar caminhos para direccionar o continente a encontrar o desenvolvimento económico e a integração africana.
O especialista apontou a necessidade de o Presidente João Lourenço aproveitar o seu mandato na UA para tornar real o projecto de integração económica do continente, visando a promoção do comércio intra-africano e reduzir a dependência exterior.
A reforma interna do funcionamento da União Africana, tornado esta organização, principalmente a sua Comissão mais ágil, eficaz, e funcional para dar resposta aos desafios do continente é outra pauta que deverá dominar a liderança de João Lourenço, segundo o académico.
“A presidência de Angola deve servir para tornar as instituições do continente mais fortes e capazes de responderem às expectativas do povo”, disse.
O Chefe de Estado angolano vai assumir a presidência rotativa da União Africana durante a 38ª sessão ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da UA, prevista para os dias 15 e 16 de Fevereiro.
É a primeira vez que Angola vai dirigir o órgão máximo da União Africana, facto que coincide com o ano em que o país comemora os 50 anos da Independência Nacional, a 11 de Novembro. ISAU/ TC/YD