Uíge – O candidato a Vice-Presidente da República pela UNITA, Abel Chivukuvuku, reiterou, esta sexta-feira, no Uíge, a pretensão deste partido em formar um "governo inclusivo, que aposta na melhoria da qualidade de vida da população".
Ao dirigir-se a militantes da UNITA, no final de uma passeata na cidade do Uíge, o político referiu que, em caso de vitória nas eleições da próxima quarta-feira, a aposta será, entre outras, a "criação de um governo para todos os angolanos".
Abel Chivukuvuku, que vai presidir sábado (20), nesta cidade, um acto político de massas, disse ser importante que "a alternância seja feita com serenidade e responsabilidade".
Formado na UNITA, Abel Chivukuvuku fundou, em 2012, a coligação CASA-CE, de onde foi afastado em Fevereiro de 2019, por alegada "quebra de confiança política”.
Mais tarde (em 2021), pretendia ver reconhecida, junto do Tribunal Constitucional (TC), uma nova formação política, o PRA-JA Servir Angola. Nas três tentativas, o TC indeferiu o pedido da comissão instaladora por irregularidades no processo.
Em 2017, altura em que aconteceram as últimas eleições gerais, a UNITA conquistou apenas um deputado no circulo provincial do Uíge, enquanto o MPLA conseguiu os outros quatro.
As eleições gerais do dia 24 deste mês contam com 14 milhões e 399 mil eleitores, dos quais 22 mil e 560 residentes no estrangeiro. A votação no exterior, a primeira na história do país, vai ocorrer em 25 cidades de 12 países.
Disputam as mesmas sete partidos políticos, designadamente MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO, e uma coligação partidária, a CASA-CE. Essas são as quintas eleições que se realizarão em Angola, depois de 1992, 2008, 2012 e 2017.
As últimas eleições gerais de 2017 deram a vitória ao MPLA, com 61,08% dos votos, seguido da UNITA (26,67%) e da CASA-CE (9,44%).